Três Lagoas registrou 73 casos confirmados de chikungunya em 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Adriana Spazapan, destacou que parte desses pacientes entrou na fase pós-aguda da doença, que ocorre entre 15 e 90 dias após a infecção.
“Alguns apresentaram dores intensas nas articulações (artralgia), rigidez, inchaço e fadiga extrema. Há casos em que os sintomas persistem até a fase crônica, após três meses, e chegam a incapacitar o paciente para o trabalho”, explicou Spazapan.
A chikungunya, assim como a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui sintomas semelhantes nos primeiros dias de infecção. A principal preocupação, segundo a coordenadora, é a hidratação do paciente, já que tanto a dengue quanto a chikungunya podem levar a complicações graves se não forem acompanhadas corretamente.
Além da chikungunya, a cidade enfrenta alta circulação de vírus respiratórios. Um monitoramento realizado pela UPA 24h identificou maior prevalência do rinovírus e, posteriormente, um aumento de casos de influenza. Até o momento, foram registrados 27 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Três Lagoas, com maior concentração na faixa etária de 60 a 69 anos.
“Nosso maior desafio neste ano tem sido a clientela infantil, que apresentou alto número de internações. Já os óbitos se concentraram em adultos e idosos, muitos com comorbidades”, relatou Spazapan.
A coordenadora reforçou ainda a importância da prevenção, com eliminação de criadouros do mosquito transmissor, vacinação contra a gripe e cuidados básicos de higiene.
“É essencial que a população mantenha hábitos saudáveis, evite automedicação e procure atendimento médico ao apresentar sintomas”, orientou.