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Precariedade

Justiça obriga Prefeitura de Três Lagoas a reestruturar Samu da cidade

Decisão liminar aponta problemas no atendimento a pacientes da cidade

Prefeitura tem prazos para revitalizar atendimento no Samu - Arquivo/JP
Prefeitura tem prazos para revitalizar atendimento no Samu - Arquivo/JP

Ambulâncias paradas por falta de manutenção. Prédio em condições precárias de estrutura. Servidores sem qualificação técnica. Ausência de materiais básicos para procedimentos de urgência. Essa é a realidade do Serviço Móvel de Urgência (Samu) de Três Lagoas que deve ser revertida pela prefeitura da cidade após decisão liminar da Justiça, em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul. Cabe recurso da prefeitura contra a decisão.

No prazo de 10 dias úteis, a prefeitura deverá regularizar a falta de ambulâncias, disponibilizando, pelo menos, três veículos em condições de operação, com os devidos equipamentos de segurança.

Em 30 dias, o município deve adquirir e disponibilizar material básico para o atendimento nos procedimentos de urgência, além de realizar a qualificação técnica dos servidores alocados no Samu, proporcionando, ainda, educação continuada aos integrantes da equipe.

Por fim, no prazo de 90 dias, a prefeitura deve construir abrigo para as ambulâncias e reverter as condições precárias do imóvel onde funciona a sede do Samu local, encontrado em situação crítica pelo MPF.

Segundo a denúncia, o prédio contém mofo e buracos nas paredes, piso desgastado, fiação elétrica à mostra, má iluminação, má ventilação, ausência de isolamento acústico, falta de manutenção dos aparelhos de ar condicionado, além de móveis sem condições de uso e falta de equipamentos de combate a incêndio.

O Ministério Público Federal também ajuizou ação de improbidade administrativa contra a prefeita Márcia Moura (PMDB) e a secretária municipal de saúde, Eliane Cristina Figueiredo Brilhante. As duas já tiveram bens bloqueados pela Justiça no montante de R$ 945 mil.

Para o MPF, as gestoras, desde 2012, estavam cientes das irregularidades e pouco fizeram de concreto para cumprir os compromissos com o Ministério da Saúde e para realizar as manutenções e investimentos necessários.

Procuradas por e-mail, Márcia Moura e Eliane Brilhante não se manifestaram até a publicação desta reportagem.