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Três Lagoas

Mato Grosso do Sul registra queda de 33% da mortalidade materna

No país, entre janeiro e setembro do ano passado, foram registrados 1.038 óbitos maternos

O Mato Grosso do Sul registrou a redução de 33% no número de casos de mortalidade materna em 2011. Conforme levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, de janeiro a setembro de 2011, o estado contabilizou 16 óbitos de mulheres decorrentes de complicações na gravidez e no parto, oito casos a menos em relação ao mesmo período do ano anterior. Mato Grosso do Sul acompanha a tendência de queda detectada no Brasil em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde.
 
No país, entre janeiro e setembro do ano passado, foram registrados 1.038 óbitos maternos, o que representa redução de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas.
 
Lançada em março do ano passado, a Rede Cegonha já destinou R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê.  O estado de Mato Grosso do Sul já teve o plano de ação da Rede Cegonha analisado pelo Ministério da Saúde e será publicada portaria em breve. Está prevista, ainda, a publicação de recursos para mais 100% dos municípios referente ao componente pré-natal.
 
 “O desafio existe. Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria entre o governo federal, os estados e os municípios. A Rede Cegonha é uma importante aliada da mulher, pois oferece cuidados integrais à saúde da mulher e da criança”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação dos dados em videoconferência do Ministério da Saúde com as Secretarias Estaduais de saúde.
 
A redução de 21% na mortalidade no Brasil em 2011 é um marco histórico, que aprofunda vigorosamente a tendência registrada nos últimos anos – de 1990 a 2010, o indicador caiu à metade: de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. No período, houve diminuição em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%).
 
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas e o Banco Mundial Organização das Nações Unidas (ONU), publicado neste mês de maio, também registrou a queda de 51% do número de óbitos maternos neste período no Brasil.