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Três Lagoas

MPF recomenda mudança na revista da Força Nacional em ônibus em MS

Segundo MPF, fiscalização é feita de forma invasiva e sem critério. Policiais dizem que traficantes usam todos os meios para transportar droga

O Ministério Público Federal em Corumbá encaminhou recomendação à Força Nacional de Segurança e às polícias Federal e Rodoviária Federal para a adoção de critérios nos procedimentos de revista pessoal realizados em passageiros de ônibus intermunicipais que circulam na região de fronteira. O MPF alega que a vistoria é feita de forma indiscriminada e sem qualquer indício de ocorrência de tráfico de drogas.

Segundo nota do MPF, idosos, adolescentes e crianças são posicionados de frente para a parede, de pernas abertas e revistados um a um.

“A busca pessoal não pode ocorrer indiscriminadamente, mas deve ser motivada em fato concreto e não genérico, que evidencie conduta tipificável em crime ou risco à segurança dos passageiros", alega o MPF.

Na recomendação, o ministério público orienta que as revistas pessoais não sejam invasivas e enfatiza cuidado na abordagem de crianças e adolescentes, que não devem ser revistadas em situação de suspeita concreta.

Policiais da Força Nacional, em resposta a solicitação do MPF, admitiram que questionamentos são feitos somente depois da revista. A justificativa apresentada ao ministério seria de que traficantes usam todos os meios possíveis para o tráfico e, por esse motivo, a revista é feita com todos os passageiros.

Os órgãos policiais têm trinta dias para informar se acatam ou não a recomendação, esclarecendo sobre as medidas adotadas. Caso não haja resposta ou a argumentação não for considerada satisfatória, o MPF pode protocolar ação pedindo providências.