O Mapa do Encarceramento, estudo promovido pela Secretaria Nacional da Juventude, da Presidência da República revelou que Mato Grosso do Sul é o segundo estado com maior taxa de encarceramento de negros no país, perdendo somente para o estado de São Paulo.
Mato Grosso do Sul tem 593 presos negros a cada grupo de 100 mil habitantes negros, em São Paulo a taxa é de 595. A taxa média do país é de 292 a cada 100 mil habitantes negros, o que faz o índice de negros presos ser uma vez e meia o de brancos (191 a cada 100 mil). O único estado em que a taxa de brancos presos é maior que a de negros é o Amapá.
Três Lagoas possui atualmente 802 presos, sendo 126 mulheres, segundos dados da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de MS (Agepen) referente ao mês de abril.
O último levantamento disponibilizado pela Agepen, que indica presos por cor da pele e etnia é do ano de 2010. No total de 9.524 detentos, sendo 8.615 homens e 909 mulheres, desses 997 se declararam negros, 914 do sexo masculino e 83 do sexo feminino. Brancos foram 2.912 presos, 2.644 homens e 268 mulheres.
De acordo com o último levantamento a maioria dos presos do estado se declararam pardos, 4.956, mulheres 555 e homens 4.401.
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As taxas de negros e brancos foram calculadas com base em cada grupo da etnia do estado. Ou seja, o número de presos a cada 100 mil moradores de sua etnia maiores de 18 anos.
No geral, o estado que registra a maior taxa de encarceramento no país é o Acre (482 a cada 100 mil). O Acre lidera também na taxa de jovens presos. O Piauí é o que tem o menor índice de presos negros a cada 100 mil da etnia: 47. A taxa da Bahia é de 49 a cada 100 mil.
Presos x vagas
Em relação ao número de presos para o total de vagas no sistema prisional, Alagoas lidera o déficit, com 3,7 presos por vaga, seguido por Pernambuco (2,5), Amapá (2,4), Amazonas (2,2) e Maranhão e São Paulo (ambos com 1,9). Em todas as unidades da federação há mais presos do que vagas existentes.
O estudo aponta que, em 2012, havia 515.482 presos nas cadeias do Brasil. A maior população prisional era a de São Paulo, com 190.828 detentos. Depois aparecem Minas Gerais (45.540), Rio de Janeiro (30.906), Rio Grande do Sul (29.243) e Pernambuco (28.769).
