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Obras ‘detonam’ asfalto em ruas de Três Lagoas

Sanesul estende redes de esgoto, mas deixa rasto de buracos e valas mal reparados

Ruas e avenidas que recebem obras de saneamento ficam esburacadas e têm trânsito comprometido - Claudio Pereira/JP
Ruas e avenidas que recebem obras de saneamento ficam esburacadas e têm trânsito comprometido - Claudio Pereira/JP

A importância da instalação de redes coletoras de esgoto ninguém discute. A grande reclamação em Três Lagoas, porém, é o rasto de buracos e valas deixados pela Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul) ou empreiteiras contratadas para a execução do serviço.

Além de grave, o problema é antigo. Neste ano, ainda, tem se agravado em bairros com obras para a expansão do esgoto. Na região dos bairros Vila Nova e Lapa, na zona Norte da cidade, por exemplo, são nítidos os cortes e desnível nas ruas. Além dos transtornos causados a motoristas, a estatal “obrigará” a Prefeitura de Três Lagoas a investir em recapeamento, no futuro.

O serviço de tapa-buracos, feito com massa fria, não será em pouco tempo suficiente para deixar as ruas em boas condições de tráfego, como antes dessas obras. A falta de planejamento é outro ponto questionado porque a empresa deveria saber da prefeitura as ruas que seriam pavimentadas ou recapeadas. Assim, evitaria o corte nas vias beneficiadas e, principalmente o desperdício de dinheiro público.

Esse comunicado, inclusive, foi um dos pontos questionados durante renovação do contrato entre a Sanesul e o município, em 2010, quando foi aprovado projeto de lei autorizando a concessionária de água e esgoto continuar explorando os serviços na cidade por mais 30 anos. No entanto, não é o que vem acontecendo. Ruas de asfalto recém-construído ou recapeado foram danificadas. 

A prefeitura, em vez de investir na ampliação do pavimento, tem que gastar dinheiro com reparo no asfalto danificado.
Para o morador do bairro Parque São Carlos, Afonso Batista de Souza, a empresa deveria deixar o pavimento “lisinho” como antes. “As ruas estão ficando esburacadas”, reclamou. 

O aposentado Valdemar Brito da Silva, morador do bairro Vila Nova, questiona ainda o encanamento utilizado pela empresa que, segundo ele, é estreito, não sendo suficiente para a sobrecarga. “Eles fazem um trabalho e não projetam o futuro, o aumento da demanda. Não há planejamento?”, perguntou.

Ontem, a reportagem não conseguiu contato com o novo gerente regional da Sanesul em Três Lagoas, Adilson Silva Bahia, para falar do assunto.