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Três Lagoas

Pai não aprovava relacionamento de filha morta por empresário

Pais de Francielli Castilho afirmam que empresário e filha tinham bom relacionamento

Francielli tinha feito cirurgia plástica em maio deste ano - Álbum de família
Francielli tinha feito cirurgia plástica em maio deste ano - Álbum de família

Carlos Roberto de Castilho, de 52 anos, pai de Francielli Castilho, de 27, morta pelo marido, o empresário Marcos Gonçalves de Oliveira, de 52, na terça-feira (24), em Três Lagoas, disse à reportagem do JPNews  que não aprovava o relacionamento da filha.

O pai de Francielli contou que o relacionamento deles começou sem o seu consentimento e que não aprovava pelo fato de Marcos já ter tido desavenças com a ex-mulher e porque temia que sua filha pudesse ser "a próxima vítima". No entanto, não entrou em detalhes sobre o que teria ocorrido com a ex-mulher de Marcos. “Mas, já viu, né? O filho cresce e o pai não manda mais”, disse Carlos Castilho, que esteve com a esposa na manhã desta segunda-feira (30) na Delegacia de Atendimento à Mulher para retirar pertences de Francielli, apreendidos pela polícia na manhã em que ela foi encontrada morta, dentro de casa.

Carlos conheceu Marcos em 2002 e chegou a trabalhar na empresa dele. Apesar de não aprovar o relacionamento no início, o pai contou que ambos tinham um bom relacionamento. Pelo menos, não tinha conhecimento de brigas entre eles.

Ainda de acordo com Carlos Roberto, Francielli e o empresário tinham ido duas semanas antes do crime a Tocantins comprar terras, onde teriam novos investimentos. No dia posterior ao crime, segundo o pai, estava certo que Marcos venderia a chácara onde moravam. A propriedade fica nas proximidades da rodovia BR-158, em Três Lagoas na saída para Brasilândia.

A filha comentou com o pai que iria embora e que aceitava a mudança para outro Estado. Carlos disse que não consegue entender o que teria motivado Marcos a cometer os crimes. Ele negou ainda que não tivesse um bom relacionamento com o genro.

A mãe de Francielli, Raquel Pereira da Silva, de 48 anos, também não consegue entender as razões que levaram o ex-genro praticar o crime. Disse que ele era bom para a filha. “Tudo o que eu sei é que ele não deveria ter feito isso com minha filha. Isso não tem perdão porque ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém”, disse a mãe.

Ainda de acordo com Raquel, a filha tinha feito cirurgia plástica em maio deste ano, quando pela última vez teve contato com Marcos. A filha chegou a ver mais duas vezes após essa data. “Estava tudo normal, ela não reclamava de nada”, disse a mãe.

Os crimes são investigados pela Delegacia de Atendimento à Mulher, de Três Lagoas.