Aproximadamente 10 mil alunos ficarão sem aula hoje devido à paralisação dos cerca de três mil profissionais da educação das redes Estadual e Municipal de Três Lagoas. A paralisação deve-se a luta por melhores condições de trabalho e, principalmente, para que o piso nacional do professor previsto pela lei 11.738 de 2008 que é de R$ 1.597,87 seja implantado no município. Atualmente o piso para 40 horas semanais trabalhadas do professor da rede estadual de Três Lagoas é de R$ 1.325,92, o salário dos profissionais da rede municipal para a mesma carga horária é de R$ 1.295,44. A classe reivindica que os salários das duas redes sejam de R$ 1.597,87, assim como em outros estados do país.
De acordo com Elaine de Sá Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas, outra preocupação da classe de educadores é quanto ao investimento do Produto Interno Bruto (PIB) investido na educação do município que atualmente é de 5,1%. Os profissionais da educação lutam para que chegue a 10%. “O atual investimento não é o suficiente, trabalhamos com dificuldades. Para podermos desenvolver um trabalho com melhor qualidade, é necessário que o Governo do Estado invista mais”, explicou Elaine.
A presidente não descarta a possibilidade de greve. Elaine disse que, embora a paralisação dure apenas um dia o prazo para encerrar as negociações é o até mês de julho. “A classe espera que até o meio do ano as solicitações sejam atendidas, caso contrário teremos que optar por uma greve, e não é o que queremos fazer. Esperamos ser reconhecidos sem ter que parar de dar aula”, disse.