A Prefeitura iniciou um levantamento para localizar e identificar as pessoas que trabalham com material reciclável em Três Lagoas. Essa é uma das etapas para a implantação do Programa de Economia Solidária do governo federal, em parceria com o Estado e o município. Depois de identificar o número de profissionais que trabalham nessa área, é que será criada a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis.
Na quinta e sexta-feira, foram realizadas reuniões a fim de definir as diretrizes para a implantação do projeto em Três Lagoas. O trabalho está sob a responsabilidade da Secretaria de Assuntos Governamentais, em parceria com as secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Assistência Social.
Segundo a diretora da Secretaria de Meio Ambiente, Ana Paula Mendes, esse levantamento é que vai mostrar a quantidade de pessoas que trabalham nessa área. Ela informou que a Prefeitura tem conhecimento de que há 12 profissionais atuando no “buracão da Vila Piloto”, local que está sendo destinado para o depósito de materiais da construção civil.
Para a execução do projeto, o governo federal vai destinar R$ 1 milhão ao município e o governo estadual entrará com uma contrapartida de R$ 250 mil. A ideia é criar uma cooperativa que possa melhorar as condições de vida dos catadores. De acordo com o secretário de Assuntos Governamentais, Walmir Arantes, o projeto será elaborado pela Prefeitura em parceria com o Estado. A previsão é de que até o mês de abril o projeto seja entregue à União.
Após a identificação dos catadores, a intenção é que eles sejam inseridos nos programas sociais do governo federal. Além disso, a Secretaria de Saúde deve prestar um atendimento voltado à saúde dessas pessoas. Eles receberão qualificação para aprender a trabalhar em sistema de cooperativa.
Segundo Walmir Arantes, a intenção é que um espaço dentro da área em que se encontra o aterro sanitário seja destinado à construção de um barracão, onde os catadores devem trabalhar. Ele disse que essa é uma das primeiras etapas para a implantação da coleta seletiva de lixo em Três Lagoas, a qual terá que ser implantada em todo o país até 2014.
Além de Walmir Arantes e de Ana Paula Mendes, a reunião de ontem contou também com a presença da diretora de Proteção Básica da Assistência Social, Gabriela Zani, da diretora do Departamento de Saúde Coletiva, Ludmila do Valle e do professor de História, Eronildo Barbosa, que está fazendo pós-doutorado na área de Meio Ambiente.
