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Três Lagoas

Presídio vai oferecer estudos para mais 30 detentos

Além da ressocialização o detento que estuda tem direito à remissão de pena

Sala de aula da escola que funciona no presídio -
Sala de aula da escola que funciona no presídio -

O Presídio de Segurança Média de Três Lagoas (PSM-TL) vai oferecer, ainda neste ano, mais uma classe para os alunos da Escola Estadual Polo “Prof.ª Regina Lúcia Anffe Nunes Betine”, que funciona dentro da unidade. No ano passado, a escola formou 30 alunos que foram divididos em duas turmas. As aulas eram ministradas em apenas uma sala. Com a ampliação, 60 detentos poderão estudar. As aulas serão iniciadas no dia 6 de fevereiro.

De acordo com o assessor da direção do presídio, Edson Sobrinho, foi possível estender os estudos a mais 30 presos graças ao investimento feito pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS). Esse investimento se estendeu também à Colônia Industrial “Paracelso de Lima Vieira de Jesus”, onde será inaugurada uma sala de aula, e ao Presídio Feminino, que terá a escola reaberta. Conforme Sobrinho, já esta sendo realizada a pré-seleção para novos professores que darão aulas para a nova turma.

Sobrinho contou ainda que para conseguir atender à nova demanda foi necessário improvisar uma sala. Ela vai funcionar onde era a biblioteca. “Os livros foram transferidos para outra sala, um pouco menor, onde os detentos poderão continuar fazendo as consultas”, disse.

O assessor destacou que os internos estão bastante animados com a possibilidade de poderem estudar. Ele contou que já chegou a pensar que alguns deles se inscreviam para concorrer a uma das vagas simplesmente pelo fato de poderem ficar longe das celas por um determinado tempo. Porém, Sobrinho disse que felizmente se enganou. “O pessoal tem mostrado bastante vontade de vencer na vida e de adquirir novos conhecimentos. Esse comportamento é bastante positivo”, comentou.

A avaliação do aluno começa justamente pelo comportamento que ele apresenta dentro da cela. Se ele for disciplinado, pode concorrer a uma das vagas. Em seguida, passa por uma entrevista que vai decidir se ele poderá ou não frequentar a sala de aula.

COLÔNIA INDUSTRIAL

Conforme o diretor da Colônia Industrial, Walter Luiz de Medeiros Junior, a sala de aula que vai funcionar na unidade já foi montada com mesas, cadeiras e o quadro. Será oferecido ensino do 1º ao 4º ano. “Pelo menos 12 internos poderão estudar. Os demais já concluíram o 4º ano”, disse.

Segundo Junior, os detentos estão ansiosos para começar a estudar. Alguns deles mal sabem ler e escrever o próprio nome. “A escola é a grande porta de entrada para a ressocialização. É através dos estudos que o cidadão passar a ter novas perspectivas de vida”, ressaltou. Outro fator positivo, segundo o diretor, é que além da ressocialização o detento que estuda tem direito à remissão de pena. Cada três dias em sala de aula valem um a menos na prisão.