Desde ontem entrou em vigor o novo código de ética médica brasileiro. A intenção é melhorar a relação médico-paciente. Entre as medidas está a duração dos atendimentos e a prescrição de receitas em letras legíveis. A mudança ainda causa dúvidas em muitos pacientes, a maioria não acredita nessa transformação, principalmente no que diz respeito a um atendimento mais humano e de qualidade.
“A gente chega no posto, espera horas e quando entra finalmente na sala do médico ele nem olha na nossa ‘cara’. Simplesmente pergunta o que sente e dá a receita. Nem se quer toca na pessoa”, relata a chocolateira Eliane Girola.
Ela diz ainda que já foi atendida em questão de poucos minutos. “Já passei por atendimentos que duraram cinco minutos. Ai eles entregam aquela receita que nem os farmacêuticos conseguem ler, deixando possibilidade de tomarmos os medicamentos errados”, desabafou.
A proposta é acabar com a pressa e desatenção dos médicos com o paciente e embora o novo código diga que “é vedado ao médico causar dano ao paciente por ação ou omissão”, muitos não acreditam nessa mudança de postura. Pelo menos essa é a opinião do distribuidor de medicamentos, Pedro Pereira. “Se eles cumprirem vale a pena, se não cumprirem ficamos no prejuízo”, alegou.
Ele acrescentou ainda que as consultas são verdadeiros ‘faz de conta’. “Não fazem um atendimento humano. Não demonstram preocupação. Estão ali simplesmente para receitar”.
Com o novo código, os médicos estão proibidos de fazer receitas ilegíveis. O que poupará tempo e dor de cabeça. O pedreiro Luiz Alves Pereira, disse que inúmeras foram às vezes em que pegou receitas que não eram possíveis serem lidas. “Tem vezes que nem o farmacêutico entende. Tenho que ligar no consultório e saber o que o médico quis dizer com aqueles garranchos”, avaliou.
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