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Três Lagoas

Reciclagem é tema de samba enredo do Carnaval

No ano passado escola se apresentou em Brasilândia. Este ano estão previstas apresentações em Paranaíba e Cassilândia

Professor Tó mostra os registros dos desfiles feitos ao longo da história -
Professor Tó mostra os registros dos desfiles feitos ao longo da história -

Meio Ambiente é o tema em pauta de vários segmentos da sociedade e com o Carnaval não poderia ser diferente. Para este ano, a Escola de Samba “Acadêmicos Unidos de Três Lagoas” trabalha o samba enredo baseado no tema “Reciclagem”.

Segundo o coordenador da escola, Milton José da Silva (Tó), o tema foi baseado nas belezas e também na necessidade de conscientização da sociedade. “Pedimos que um professor de Campo Grande fizesse a música. Como nosso Município possui muitas empresas, algumas pessoas insistem em jogar lixo na rua e os problemas crescem a cada dia, resolvemos seguir por esse lado, já que é um assunto bastante atual”, ressaltou.

O coordenador explica que os preparativos começam três meses antes. “Temos muitos detalhes para serem acertados e tudo depende de dinheiro”, acrescenta. Os ensaios também começaram a ser freqüentes desde o início do ano. O professor To informou que, aproximadamente 500 pessoas irão desfilar pela escola. “É uma tradição de longos anos. Nossa escola foi fundada em 1972, são 38 anos lutando para manter viva essa cultura popular”.

Sobre as expectativas para o desfile, ele diz que todos os anos são as mesmas. “Estamos sempre buscando superar os anos anteriores. Só assim nos realizamos, todos os anos trabalhamos buscando essa meta”, enfatizou.
Outra questão apontada por ele é a cultural. “Queremos manter viva essa popularidade do Carnaval. Fazer um resgate e criar interesse nas pessoas. As apresentações também fazem parte de um momento de lazer. Ficamos 22 anos desativados por falta de incentivo, por isso a preocupação em permanecer”.

CUSTOS

Este ano, a escola de samba pediu à Prefeitura R$ 73,5 mil. De acordo com o professor Tó, o valor seria suficiente para comprar as fantasias, montar estrutura para o público, fazer a manutenção dos instrumentos e a divulgação do evento.

“No ano passado a Prefeitura liberou R$ 30 mil. Claro que o valor não cobre todas as despesas. Nós trabalhamos com zero no caixa, mas o valor ajuda e muito. Durante anos ficamos desativados e é com o apoio da Prefeitura que voltamos a fazer essas apresentações”.

O coordenador explica que a verba ainda não foi liberada, mas espera uma resposta para esta semana. “Tudo para nós é custo. Este ano serão quatro carros alegóricos. Temos muitas fantasias vindas do Rio, pois precisamos de brilho e luxo, e as fantasias de lá vem”.

Questionado sobre a possibilidade dos integrantes da escola custearem parte da fantasia, Milton explicou que ainda não há possibilidades. “Essa não é uma cultura da Cidade. Mas, vamos ter que criar um sistema para que os componentes possam ajudar”.

OPORTUNIDADE

Milton enfatizou a oportunidade da população participar dos desfiles. “Estamos abertos e contamos com o interesse da população. Quem quiser ser folião, músico ou ficar na percussão há espaço”, anunciou.

Os interessados em desfilar na escola ou participar da bateria, podem comparecer aos ensaios. Os encontros acontecem de segunda a sexta-feira, na quadra da circular da Lagoa Maior a partir das 19h30.