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Restauração

Sem dinheiro, obras na BR-262 seguem paralisadas

Além da falta de verba para essa obra, Dnit também não temrecursos para a manutenção da rodovia

Além da falta de verba para essa obra, Dnit também não temrecursos para a manutenção da rodovia - Divulgação
Além da falta de verba para essa obra, Dnit também não temrecursos para a manutenção da rodovia - Divulgação

As obras de restauração da BR-262, rodovia que liga Três Lagoas a Campo Grande, seguem paralisadas e sem previsão de retorno nem conclusão. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) alega que não possui recursos para retomar a obra, iniciada em setembro do ano passado, e paralisada dois meses depois.

O Consórcio Ethos/Pavidez/Spazio, vencedor da licitação do projeto, desmontou o canteiro de obras, em razão da falta de recursos e da previsão para a retomada. Logo após o início da paralisação, o Dnit alegou que os serviços foram interrompidos devido ao período de chuva, mas depois confirmou que deve-se a falta de recursos.

Até agora, de acordo com o órgão, o governo federal não liberou recursos para a retomada dos serviços. Além disso, também não disponibilizou recursos para a manutenção da rodovia, que se encontra em situação considerada precária por motoristas.

O Ministério Público Federal abriu um procedimento administrativo para acompanhar o andamento da obra. Solicitou ao Dnit, inclusive, informações dos serviços executados até o momento.

De acordo com o Dnit, até agora foram executados 20,9 quilômetros de reciclagem de base nos pontos mais críticos da rodovia, com tratamento superficial, que é a fase intermediária da solução que deverá ser aplicada no pavimento.

O projeto  como um todo prevê a restauração completa da rodovia, instalação de 32 quilômetros de terceira faixa e acostamento entre Três Lagoas e o assentamento Mutum, à frente de Água Clara, em direção a Campo Grande.  

NOVELA
A primeira licitação para a restauração da rodovia foi realizada em 2012, tendo a empresa Enpa Engenharia, de Cuiabá (MT), vencedora do processo. No entanto, outras empresas entraram com recursos e o governo federal acabou cancelando a licitação. A obra não foi iniciada na época por falta de recursos. 

SEM GARANTIA
Após isso, nova licitação foi aberta e, em 2017, o consórcio venceu o processo por R$ 149 milhões. No final de agosto do ano passado, enfim, as obras foram iniciadas, mesmo sem a garantia de todo o dinheiro estar em caixa.

Em junho do ano passado, o departamento confirmou que o recurso para a restauração da rodovia havia sido cortado do orçamento da União deste ano.  O Dnit tinha apenas R$ 50 milhões em caixa para o início da obra, mas com previsão de receber o restante, conforme o cronograma de execução da obra.