Uma média de seis a oito adolescentes infratores foi colocada em liberdade por conta da falta de vagas nas Unidades Educacionais de Internação (Uneis) de Mato Grosso do Sul, apenas neste ano. O caso mais recente foi o do adolescente de 16 anos acusado de ter participado de um roubo seguido de sequestro.
O crime aconteceu na noite de 16 de março, quando garoto e um rapaz de 18 anos renderam uma estudante. A vítima foi obrigada a buscar o pai e permaneceu refém dos bandidos por mais de duas horas, até perseguição policial.
O garoto foi apreendido em flagrante pela Polícia Militar logo em seguida. Mas depois de cinco dias foi colocado em liberdade. No documento expedido pela Polícia Civil para a Justiça, consta que o adolescente deixou a carceragem da delegacia às 18 horas do dia 21 de março.
No dia 17 do mês passado, a Polícia Civil encaminhou o oficio de transferência do adolescente. No dia seguinte, a resposta indicava que a polícia deveria recorrer ao Judiciário. No oficio, a Superintendência indicava também três unidades que poderiam receber o adolescente: Mitaí (Ponta Porã), Pantanal (Corumbá) e Laranja Doce (Dourados).
No entanto, em uma entrevista veiculada por um site de Campo Grande, o superintendente da Assistência Socioeducativa, coronel Hilton Vilassanti, informou que 50 adolescentes infratores são mantidos em delegacias por conta da falta de vagas nas Uneis do Estado. Hoje, a instituição se faz presente em cinco municípios e abriga 300 internos.
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