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Agricultura

Tecnologia eleva potencial para irrigação agrícola e transforma solos degradados

Pivôs centrais têm transformado propriedades da Costa Leste de MS que antes eram dominadas pelas pastagens

eNCONTRO > Evento em propriedade, a 70 km de Três Lagoas, reuniu principais especialistas no setor - Divulgação
eNCONTRO > Evento em propriedade, a 70 km de Três Lagoas, reuniu principais especialistas no setor - Divulgação

A expansão do setor agrícola tem elevado o potencial para irrigação. E ganha força com as ferramentas tecnológicas, que buscam transformar solos degradados e arenosos em áreas férteis. É o que proporciona a Land Irrigação, empresa representante Valmont, responsável pela implantação de pivôs centrais e pela assistência necessária ao produtor.

A empresa foi criada mediante ao desafio de uma gestão hídrica eficiente na propriedade São José da Terra Roxa, que fica a 70 km de Três Lagoas. Uma área que antes só produzia gado de corte passou a produzir soja, sorgo, trigo e feijão, inclusive na seca. O novo cenário partiu da visão do empreendedor Murilo Moura de Paula, que implantou três pivôs centrais de irrigação.

Em cinco anos, a propriedade se transformou e atualmente a fazenda tem 784 hectares irrigados com oito pivôs centrais. A meta é atingir 15 equipamentos, que serão responsáveis pela irrigação de 1.500 hectares da família.

A busca pelas melhores soluções para a propriedade da família alinhada com o potencial gigantesco para a irrigação em Mato Grosso do Sul fez com que Murilo criasse a Land Irrigação.

A experiência dele foi compartilhada no “1º Encontro de Irrigação da Costa Leste de Mato Grosso do Sul”, evento realizado no mês de setembro, na própria fazenda, reunindo os maiores especialistas sobre o tema do país.

O vice-presidente da Valley para a América Latina, Felipe Vieira, mostrou o quanto o Brasil ainda pode crescer em área irrigada. “Temos no país inteiro, dez vezes menos pivôs centrais que o estado do Nebraska, nos Estados Unidos”, ressaltou.

E por falar em investimento, não faltam linhas de crédito para irrigação. “Temos o Pronamp, o ProIrriga, o InvestAgro e o FCO Rural”, ´pontuou Evandro Mendes, superintendente do Banco do Brasil.

O pesquisador da Embrapa Territorial e autor de mais de 50 livros, Evaristo de Miranda, foi o palestrante e explanou que irrigação é também sinônimo de sustentabilidade.“Mesmo num cenário de incertezas climáticas, o produtor rural precisa continuar produzindo mais com menos”, lembrou Miranda que elogiou, também, a política ambiental de Mato Grosso do Sul que facilita a outorga do uso de água.