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Três Lagoas

TL discute benefícios da hidrovia Tiete-Paraná

Proposta de ligação hidroviária entre Porto de Santos com cinco dos maiores Estados produtores e exportadores do País é exposta para Três Lagoas

: ?A carga será transportada de forma mais segura e os acidentes nas rodovias tendem a diminuir?, garante Bussinger -
: ?A carga será transportada de forma mais segura e os acidentes nas rodovias tendem a diminuir?, garante Bussinger -

A utilização de uma hidrovia pelos rios Tiete e Paraná, com a instalação de portos ao longo do trajeto serviria como uma alternativa barata para o escoamento da produção, beneficiando o desenvolvimento os município da região, principalmente Três Lagoas. Essas idéias foram discutidas ontem (6) num workshop realizado pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo e promovido pela FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

O evento contou com a presença da prefeita Márcia Moura (PMDB) e autoridades ligadas ao setor.  O diretor do órgão paulista, Frederico Bussinger, expôs as  várias vantagens que a Hidrovia Tietê-Paraná
poderá proporcionar aos cinco Estados envolvidos (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná) e ao Governo Federal, pois liga os maiores Estados produtores de soja do País.

O objetivo é ligar o trecho paulista, com 800 quilômetros de vias navegáveis, com os 1.600 dos demais Estados envolvidos e criar uma grande hidrovia que barateará o transporte de cargas, além de beneficiar o meio ambiente.

O projeto, orçado em 8 bilhões de reais, garantirá o fluxo de embarcações com um metro de profundidade – o que permite navegação em locais de pouca profundidade – por nove metros de largura. A ligação hidroviária também, caso seja concluída, será beneficiada devido a malha ferroviária, de grande capacidade em transporte de cargas, que há na cidade de Salto/SP – localidade por onde a hidrovia passa.

“Todos vivenciamos a precariedade de nossas rodovias e a solução nesse setor, seria a construção de mais delas. Contudo, estaríamos provocando a emissão de gases provocadores do efeito estufa. O Brasil é antagônico nessa questão – temos uma produção de matrizes de energia limpa, ou seja, somos diferenciados de muitos países nos quais a produção de energia elétrica é feita através de carvão, enquanto aqui utilizamos a do nosso sistema hidrográfico,que é fonte inesgotável. Porém como campeões no rodoviarismo, devolvemos ao meio ambiente 42% na queima de combustíveis fósseis. Com a implantação da hidrovia, teremos a redução em 38% dessa emissão de gases provocadores do efeito estufa que é a principal preocupação dos ambientalistas e de todos nós”, Bussinger expôs através de gráficos e números.