Veículos de Comunicação

Especial Jornal Do Povo 70 Anos

TLC. Das festas à ruína

Jornal do Povo mostra história do Três Lagoas Clube

Jornal do Povo mostra história do Três Lagoas Clube
Jornal do Povo mostra história do Três Lagoas Clube

Três Lagoas já teve um dos mais chiques e respeitados clubes sociais do Estado. O TLC, palco de lazer, festas e eventos importantes, está abandonado e se deteriorando há anos. 

Quem passa no quadrilátero das ruas Generoso Siqueira, Egídio Thomé, Elmano Soares e Josino da Cunha Viana, no bairro Vila Nova, zona Norte da cidade, nem imagina que o clube recebeu artistas consagrados e que, em seu auge, era frequentado pela elite três-lagoense. O Jornal do Povo acompanhou o clube desde a construção da sede, os tempos de glórias e a ruína de hoje.

Na edição de abril de 1982, o JP noticiava que eram vendidos os primeiros 800 títulos para a construção da sede do clube, que até então funcionava em um prédio sem estrutura, na avenida Antônio Trajano, no centro.

O presidente do clube e que idealizou a construção do atual imóvel, era Miguel Jorge Tabox, que anos depois, se tornaria prefeito de Três Lagoas. Na época, a diretoria entendia que a cidade necessitava de um clube a altura de seu desenvolvimento e importância.
Em novembro de 1983, o Jornal do Povo também noticiou a inauguração do clube, que teve a presença do então governador Wilson Barbosa Martins, do vice, Ramez Tebet, e do então deputado estadual Akira Otsubo.

Em maio de 2010, o JP divulgou que o TLC estava afundado em dívidas era arrematado em leilão da Justiça por R$ 750 mil. O pregão atraiu 13 interessados e a área de 7,5 mil m², situada em uma das regiões mais valorizadas de Três Lagoas, foi comprada empresário Joaquim Romero Barbosa. 

Em março de 2012, o Jornal do Povo noticiou que outro empresário havia comprado o imóvel por R$ 2,5 milhões, no final de 2011, com a pretensão de reativar o clube. A nova venda só foi possível após o juiz substituto do Trabalho, Gustavo Doreto Rodrigues, decidir pela nulidade do leilão de arrematação, de 2010, por considerar que houve falhas.

O clube foi a leilão após muitas outras ações na Justiça e pela cobrança de dívidas trabalhistas herdadas pelos últimos administradores.
Em maio de 2013, o JP publicou que a sede da prefeitura poderia ser transferida para o prédio do antigo TLC e que a administração municipal planejava alugar o imóvel. Essa possibilidade surgiu em razão da necessidade de a prefeitura abrigar várias repartições em um único prédio. Outro fator é que o TLC possuía uma dívida de IPTU no valor de quase R$ 400 mil. A ideia era a prefeitura alugar o prédio em troca da dívida.

Entretanto, passado todo esse período desde a desativação, até essas pretensões para ocupação nada foi feito e o imóvel continua abandonado, servindo apenas de recordação por meio de fotografias de grandes eventos, como os tão famosos bailes de Carnaval…