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Três Lagoas

Três Lagoas registra média de 150 acidentes ao mês

Neste ano, 22 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito na área urbana e nas rodovias

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 Por dia, Três Lagoas registra até cinco acidentes de trânsito no perímetro urbano. A estimativa é baseada nos dados do 2º Batalhão da Polícia Militar, divulgados ontem. De acordo com a estatística, de janeiro até ontem, os policiais militares haviam atendido ao total de 1.312 acidentes – quase 50% deles (670) com vítimas. Pelos dados da PM, foram sete mortes neste ano.

Porém, o comandante da PM, tenente-coronel Wilson Sérgio Monari, informou que 22 pessoas perderam a vida. “Esta diferença deve-se ao fato de que para nós [PM] só são contabilizados os casos em que a vítima morreu no local. Por isso, fizemos esse levantamento para conseguir o número real, considerando casos de morte após a internação. Entretanto, é importante lembrar que neste caso também estão somados os casos de mortes em acidentes nas rodovias estaduais e federais que cortam o município”, explicou.

As estatísticas apontaram ainda que a média mensal de acidentes tem sido de 153. O mês de março foi o mais violento, com 195 acidentes de trânsito, e julho o mais tranquilo: 112.
De acordo com Monari, os dados mostram uma leve queda se comparados ao mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto de 2011, a PM registrou 1.439 acidentes. Em todo o ano, foram 2.215 acidentes (1.088 sem vítimas e 1.120 com vítimas). O número de óbitos foi praticamente o mesmo: 23 pessoas morreram em 2011. 
“Tivemos uma queda no número de acidentes, o que mostra um avanço já que a frota de veículos da cidade tem crescido constantemente. Mas esses índices ainda são considerados altos e precisam ser melhorados”. 
Para isso, o oficial destaca três medidas necessárias: educação e conscientização da população sobre a Legislação, fiscalização mais rígida por parte dos agentes de trânsito e projetos de fiscalização eletrônica. “São vários fatores que influenciam na questão de trânsito. Logo, apenas uma solução seria insuficiente”, disse.


HORÁRIO
Boa parte desses acidentes acontece na “hora do rush” do trânsito três-lagoense. Do começo do ano até ontem, foram 111 casos registrados das 11h ao meio-dia. Também se destacam os horários entre 12h e 13h e das 17h às 18h, cada um deles com 91 acidentes registrados neste ano. “Os acidentes acontecem geralmente nos horários de pico. Tanto que em julho, mês de férias escolares, o número caiu bastante”, concluiu Monari. Do total de pessoas envolvidas em acidentes, mais de 50% são do sexo masculino (1.700 ao todo), contra 700 mulheres. 
O tipo de veículo que mais se envolve em acidentes ainda é o automóvel: 1.119 ao todo, contra 719 motocicletas. Entretanto, este último destaca-se quando se trata de acidentes com vítimas. “Também tem de ser levado em consideração que a frota de carros é superior à de motos”, concluiu Monari.
Entre as principais causas de acidente, o comandante da PM destaca o comportamento dos motoristas, como os casos de excesso de velocidade, desrespeito à legislação de trânsito e à sinalização e a embriaguez.
 
Vinte condutores são multados por dia no município
O tenente-coronel Wilson Sérgio Monari garantiu que a PM tem feito a parte dela no que se refere à intensificação das fiscalizações. De janeiro a agosto deste ano, 5.209 condutores foram autuados em Três Lagoas por alguma infração. O total equivale a uma média de 600 multas aplicadas em cada mês e 20 ao dia. 


Desses, 936 por não terem a carteira nacional de habilitação. “A PM tem feito blitzes todos os dias. Muitas pessoas pensam que o foco são os carros não licenciados. Mas não é verdade. O nosso alvo são os condutores não habilitados, cujo índice, embora tenha se reduzido, ainda preocupa”. No mesmo período do ano passado, a PM autuou 1.016 condutores sem habilitação, 80 a mais se comparado a 2012. Mais de 80% dos condutores estavam em motocicletas – fenômeno que Monari classifica como “migração das bicicletas para as motos”, por conta das facilidades e aumento do poder aquisitivo da população. A multa para a pessoa que é flagrada conduzindo veículo sem habilitação é de R$ 593. “E não é apenas o condutor que é multado. O dono do veículo, se esse for de terceiros, também é, por permitir o uso ou entregar o veículo [a condutor não habilitado]”, frisou. Apenas neste ano, 332 pessoas foram multadas por esse motivo.


Também se destacam no ranking de autuações o uso de celular ao volante, com 460 infrações; não utilização do cinto de segurança, 326, e 92 casos de embriaguez.  (R.P.)