No domingo, será comemorado o Dia Mundial do Hanseniano (portador de hanseníase). Em Três Lagoas, a data é lembrada simultaneamente à diminuição de casos desde 1999. Em nota, o coordenador dos programas de controle de hanseníase e tuberculose, Antônio Carlos Modesto, disse que o município saiu de uma prevalência de 84 casos para cada 100 mil habitantes – época em que a cidade encontrava-se em situação de hiperedemia – para 17 casos para cada 100 mil habitantes. Isso colocou o município na situação de endemia média, em 2011.
No ano passado, foram registrados 21 novos casos da doença no município. Em todo o Estado, 695 pessoas contraíram a doença. O número colocou MS em 7º lugar no ranking nacional em que a maioria dos casos é registrada no Brasil. De cada 100 mil habitantes, 28,38 pessoas têm hanseníase. O Brasil é considerado o segundo país do mundo com maior número de pessoas atingidas pela hanseníase, ficando atrás apenas da Índia.
HANSENÍASE
Os principais sintomas da hanseníase são manchas com falta de sensibilidade na pele (avermelhadas, esbranquiçadas ou castanhas), perda de pelos dos cílios, nódulos nas orelhas, engrossamento de nervos, dores nos braços e nas pernas e dormência nas mãos e nos pés. Apesar de ser considerada uma doença grave, por ser transmitida pelo ar, a hanseníase não mata. Apesar disso, ela deixa sequelas como a incapacidade física, por exemplo. “Se a doença não for tratada, ataca os nervos periféricos e provoca lesão. Por consequência, o indivíduo afetado deixa de ser produtivo”, explicou.
O tratamento da hanseníase pode durar de seis meses a um ano, dependendo do grau da doença, e é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde. Segundo Modesto, no período de 15 a 20 dias é indicado que a pessoa evite o contato físico com quem não tem a doença. “A medida é preventiva. Após esse período, mesmo que o paciente continue o tratamento, pode ter contato normalmente com os demais”, disse.