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Três Lagoas

Três Lagoas se prepara para 3ª epidemia de dengue

A reintrodução dos vírus 1 e 2 no Estado pela fronteira colocou a Secretaria de Saúde em alerta geral

A Secretaria Municipal de Saúde se prepara para enfrentar aquela que pode ser terceira epidemia de dengue. O estado de alerta foi anunciado pela secretária municipal de Saúde, Elenir da Silva Neves Carvalho, na manhã de ontem (15). De acordo com ela, a previsão de um novo surto surgiu com a reintrodução de dois vírus já não existentes na região: da dengue tipo um e dois. Os vírus – que chegaram a circular em Três Lagoas na epidemia de 2000, mas até então havia desaparecido – foram reintroduzidos pela fronteira com a Bolívia. O primeiro município de Mato Grosso do Sul a ser atingido foi Corumbá. Em seguida, chegou a Campo Grande e agora já atingiu boa parte do Estado – dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam que apenas oito municípios do MS ainda não registraram casos da doença.

“Por enquanto ainda não temos casos confirmados. Mas é certeza que o novo vírus chegará aqui. A nossa preocupação é com as pessoas que não passaram pela epidemia de 2000 e estão desprotegidas do vírus que chegará. A chamada população suscetível”. A Saúde estima que mais de nove mil crianças tenham nascido entre o surto de 2000 a até hoje. Tanto elas, quanto as pessoas que não contraíram a doença há dez anos, estão mais suscetíveis à contrair a doença com o possível novo surto. Hoje, o vírus circulante é o tipo 3, que 70% da população contraiu em 2007e já está imunizada.

Até ontem, o departamento de epidemiologia registrou 18 notificações. Dois deles foram isolados para que seja verificado o tipo de vírus circulante e nenhum foi confirmado. No entanto a situação está longe de estar tranquila.
Elenir explicou que, embora não haja comprovação do novo vírus, o Levantamento de Índice Rápido (LIRA) apontou um crescimento considerável do índice de incidência da dengue.

No ano passado, a média de Três Lagoas era de 2,4% de incidência. Já neste começo de ano, saltou para 4,4% – número quatro vezes maior que o preconizado pelo Ministério da Saúde, 1%. A situação mais crítica está na região da Vila Alegre, Vila Piloto, Distrito Industrial e Jupiá, onde foram registrados índices de 6,1%.