O grande déficit de mão de obra especializada está em setores aos quais a qualificação é adquirida pela experiência prática. Segundo Ivan Alkmim, coordenador do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (CIAT), é difícil encontrar profissionais como açougueiros, padeiros e cozinheiros. “São profissões que ainda não existem cursos de capacitação no Município, apesar do salário ser compensador”, afirmou Alkmim.
Três Lagoas é a 2ª maior cidade em contratações, pelo Ciat, do Estado, só perdendo para Campo Grande. Entre os empregos oferecidos, mais de 80% são preenchidos. Contudo, a maioria é de categorias com salários baixos, como a de auxiliar de produção no setor industrial. “Aqui os sindicatos ainda não funcionam como deveriam. Para muitas profissões não há piso. Como é o caso da Construção Civil. Devido a esse problema já tivemos situações de, numa mesma empresa, terem funcionários, na mesma função, com salários diferentes”, relata o coordenador.
Alkmim alerta que, em 2011, haverá problema para encontrar profissional para a todas as áreas da construção civil. “Existe o planejamento da implantação de uma grande multinacional que sairá do papel no ano que vem. Não teremos suporte de pessoal suficiente para atender essa demanda”.
Notícias Relacionadas
Saúde
Campanha de vacinação contra HPV é prorrogada até dezembro para adolescentes de 15 a 19 anos
A meta é alcançar cerca de 7 milhões de jovens que não foram imunizados na idade recomendada, entre 9 e 14 anos
Notificação
Três Lagoas terá teste de sistema nacional de alertas em celulares no dia 27 de setembro
O sistema permite o envio de alertas diretamente para todos os celulares conectados a uma rede de telefonia, sem necessidade de cadastro prévio
Para ele, não basta preparar e empregar o funcionário, mas dar condições ainda que promova o crescimento do profissional dentro da empresa. “Tem indústria que paga salário mínimo, não fornece cesta básica ou auxílio-alimentação, nem transporte e ainda quer que o funcionário esteja satisfeito e se mantenha no emprego”, denuncia.
Para Eurides Silveira de Freitas, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, a chave para o bom recebimento é a qualificação. “Sabemos que nosso piso de R$550 é baixo, mas há empresas do nosso setor que pagam melhor para aqueles bem preparados. Precisamos dar suporte para que nossos afiliados consigam manter-se atualizados perante o mercado de trabalho. Para isso, estamos firmando parcerias com outros sindicados para que comecemos a promover cursos com custo subsidiado
