
Representantes da Sanesul e da MS Pantanal participaram, na manhã desta segunda-feira (7), de uma reunião com os vereadores de Três Lagoas para discutir problemas enfrentados pela população relacionados ao sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água no município.
Coordenado pelo vereador Sargento Rodrigues, líder do Executivo na Câmara, o encontro teve como foco principal a cobrança por melhorias em serviços como o fechamento de valas abertas no asfalto, vazamentos de esgoto e o mau cheiro exalado em estações elevatórias. Estiveram presentes os vereadores Daniel da Farmácia, Davis Martinelli, Evalda Reis, Fernando Jurado, Marco Silva, Mário Grespan, Mi do Santa Luzia, Professora Maria Diogo, Robson do Alinhamento e Sirlene dos Santos.
Pela Sanesul, participaram o gerente regional em Três Lagoas, Adilson Silva Bahia, e a coordenadora comercial, Carolina Tosta. Representando a MS Pantanal, estiveram o diretor Cleyton Bezerra e o supervisor de operações, Diego Carvalho.
Valas abertas
Um dos principais pontos discutidos foi o tempo excessivo para o fechamento das valas abertas em ruas asfaltadas para obras de ligação. Segundo os vereadores, os buracos permanecem abertos por até uma semana, gerando riscos de acidentes e transtornos ao tráfego.
Cleyton Bezerra explicou que até 2022, o prazo médio de fechamento era de 36 horas, pois era utilizado o concreto betuminoso aditivado, um tipo de asfalto que podia ser armazenado e aplicado com mais agilidade. No entanto, uma lei municipal aprovada naquele ano passou a exigir o uso do concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), que precisa ser produzido em grandes quantidades, obrigando a empresa a acumular mais valas antes de realizar o fechamento.
Ficou acordado que os vereadores vão estudar, junto ao setor de Obras da Prefeitura, a possibilidade de retornar ao uso do asfalto frio aditivado, desde que seja comprovada sua qualidade e durabilidade. Caso viável, poderá ser proposta a alteração da legislação vigente.
Vazamentos e mau cheiro
Outro problema abordado foi o vazamento de esgoto, especialmente em períodos de chuva. Segundo Cleyton, o motivo é o despejo irregular de águas pluviais na rede de esgoto por parte da própria população, o que provoca a sobrecarga e o extravasamento. Uma campanha de conscientização deverá ser realizada para alertar os moradores sobre a proibição dessa prática.
Também foi discutido o mau cheiro causado pela retirada de esgoto com caminhões limpa-fossa em alguns bairros. Esse procedimento tem sido necessário devido ao furto constante de fios, bombas e baterias nas estações elevatórias, que interrompe o funcionamento do sistema e obriga a empresa a transportar os resíduos manualmente para outro ponto do sistema.
Segundo Cleyton, os casos de furto têm sido recorrentes. No último fim de semana, três estações foram alvo de criminosos, o que impediu o envio dos dejetos até a estação de tratamento no bairro Jupiá, obrigando o descarregamento em pontos alternativos dentro da área urbana — o que gera o mau odor percebido pela população.
Ao final da reunião, os vereadores reafirmaram o compromisso de fiscalizar os serviços prestados pelas empresas e buscar soluções conjuntas com o Executivo e os órgãos responsáveis para garantir mais qualidade de vida à população de Três Lagoas.