A secretária municipal de Saúde, Daiane Pupin, informou que Aparecida do Taboado já formalizou à Secretaria de Estado de Saúde um pedido de autorização para manter um estoque próprio de bolsas de sangue. Segundo ela, no entanto, o pleito foi negado em razão da política de regionalização da saúde, que prevê a manutenção de um banco de sangue em Paranaíba, município vizinho.
A declaração foi dada nesta terça-feira (02/12), durante entrevista ao programa RCN Notícias, da Rádio Cultura FM. Daiane destacou que o Hospital Municipal — administrado pela Fundação Estatal de Saúde de Aparecida do Taboado (Fesat) — possui condições estruturais para manter tanto um estoque de sangue quanto uma ala de UTI. Apesar disso, afirmou que os critérios do Estado, que concentram esses serviços em cidades consideradas estratégicas, acabaram inviabilizando a solicitação do município.
O tema voltou à pauta após a entrevista concedida na segunda-feira (01) pela ginecologista Maria Thereza, que atendeu a gestante Ângela Maria, falecida após complicações decorrentes de um parto cesariano realizado no Hospital da Fesat. A médica, responsável pelo pré-natal em sua clínica particular e pelo parto, relatou os procedimentos adotados e as complicações que levaram ao óbito. O bebê, uma menina, sobreviveu.
Durante a entrevista, Maria Thereza afirmou que foi solicitada uma bolsa de sangue para atender a paciente, que apresentava um grave quadro hemorrágico. Como o material estava disponível apenas no Hemosul de Paranaíba, o transporte não ocorreu a tempo.
