A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira (28) que vai passar por um processo de reorganização financeira para reduzir suas dívidas e conseguir novos investimentos. Para isso, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do mecanismo conhecido como Chapter 11.
Esse recurso permite que a empresa reestruture suas finanças e renegocie dívidas, sem precisar parar suas atividades. De acordo com a Azul, os voos continuam normalmente, assim como as vendas de passagens e os pontos acumulados pelos clientes.
O que a Azul quer com essa reestruturação?
O objetivo da empresa é apagar mais de US$ 2 bilhões em dívidas e conseguir até US$ 950 milhões em novos investimentos, o que equivale a cerca de R$ 4,9 bilhões. Parte desse dinheiro virá de uma oferta de ações e de parcerias com companhias aéreas norte-americanas, como a United Airlines e a American Airlines.
Além disso, a empresa vai contar com cerca de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,3 bilhões) em empréstimos para seguir operando enquanto reorganiza sua parte financeira.
Por que a Azul decidiu fazer isso agora?
Segundo a empresa, a reestruturação é uma medida necessária para fortalecer o negócio após anos difíceis. A Azul explica que foi prejudicada pela pandemia, que reduziu a demanda por voos, além de enfrentar problemas econômicos e atrasos na entrega de aviões e peças, o que afetou as operações.
“Esse processo é uma forma de nos tornarmos uma companhia ainda mais forte e preparada para o futuro”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson.
O que muda para os passageiros?
Nada muda. A Azul garantiu que:
- Todos os voos seguem programados.
- As passagens já compradas continuam válidas.
- O programa de fidelidade permanece ativo, com todos os benefícios.
Além disso, a empresa informou que vai continuar pagando normalmente seus funcionários e fornecedores.
Como será o processo?
O pedido de recuperação judicial foi feito nos Estados Unidos porque a Azul tem ativos e contratos com empresas de lá. Esse tipo de procedimento já foi usado por outras companhias aéreas do mundo e permite que a Azul continue funcionando enquanto renegocia dívidas e busca novos investimentos.
O processo inclui:
- Renegociação de dívidas com credores e arrendadores de aviões.
- Captação de novos recursos para reforçar o caixa.
- Acompanhamento de um comitê independente, criado para garantir que tudo seja feito com transparência.
E agora?
Segundo a Azul, o processo já tem apoio dos principais credores, o que deve facilitar e acelerar a reorganização. A expectativa é que, ao final, a empresa esteja mais sólida financeiramente e com uma estrutura mais eficiente para enfrentar os desafios do setor.
Mais informações podem ser consultadas no site oficial do processo: www.azulmaisforte.com.br.