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Azul entra com pedido de recuperação judicial nos EUA e firma acordos para levantar até US$ 950 milhões

Plano de reestruturação prevê eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas e manter operações normalmente

Plano de reestruturação prevê eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívida - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Plano de reestruturação prevê eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívida - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira (28) que vai passar por um processo de reorganização financeira para reduzir suas dívidas e conseguir novos investimentos. Para isso, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do mecanismo conhecido como Chapter 11.

Esse recurso permite que a empresa reestruture suas finanças e renegocie dívidas, sem precisar parar suas atividades. De acordo com a Azul, os voos continuam normalmente, assim como as vendas de passagens e os pontos acumulados pelos clientes.

O que a Azul quer com essa reestruturação?

O objetivo da empresa é apagar mais de US$ 2 bilhões em dívidas e conseguir até US$ 950 milhões em novos investimentos, o que equivale a cerca de R$ 4,9 bilhões. Parte desse dinheiro virá de uma oferta de ações e de parcerias com companhias aéreas norte-americanas, como a United Airlines e a American Airlines.

Além disso, a empresa vai contar com cerca de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,3 bilhões) em empréstimos para seguir operando enquanto reorganiza sua parte financeira.

Por que a Azul decidiu fazer isso agora?

Segundo a empresa, a reestruturação é uma medida necessária para fortalecer o negócio após anos difíceis. A Azul explica que foi prejudicada pela pandemia, que reduziu a demanda por voos, além de enfrentar problemas econômicos e atrasos na entrega de aviões e peças, o que afetou as operações.

“Esse processo é uma forma de nos tornarmos uma companhia ainda mais forte e preparada para o futuro”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson.

O que muda para os passageiros?

Nada muda. A Azul garantiu que:

  • Todos os voos seguem programados.
  • As passagens já compradas continuam válidas.
  • O programa de fidelidade permanece ativo, com todos os benefícios.

Além disso, a empresa informou que vai continuar pagando normalmente seus funcionários e fornecedores.

Como será o processo?

O pedido de recuperação judicial foi feito nos Estados Unidos porque a Azul tem ativos e contratos com empresas de lá. Esse tipo de procedimento já foi usado por outras companhias aéreas do mundo e permite que a Azul continue funcionando enquanto renegocia dívidas e busca novos investimentos.

O processo inclui:

  • Renegociação de dívidas com credores e arrendadores de aviões.
  • Captação de novos recursos para reforçar o caixa.
  • Acompanhamento de um comitê independente, criado para garantir que tudo seja feito com transparência.

E agora?

Segundo a Azul, o processo já tem apoio dos principais credores, o que deve facilitar e acelerar a reorganização. A expectativa é que, ao final, a empresa esteja mais sólida financeiramente e com uma estrutura mais eficiente para enfrentar os desafios do setor.

Mais informações podem ser consultadas no site oficial do processo: www.azulmaisforte.com.br.