
Uma variação do vírus Influenza A (H3N2) foi identificada em Campo Grande e levou a Secretaria Municipal de Saúde a emitir um alerta epidemiológico (20). A detecção, confirmada em 18 de dezembro pelo Instituto Adolfo Lutz, envolve um caso isolado e não indica, até agora, aumento da gravidade da doença.
O registro é de uma mulher de 73 anos, vacinada contra a gripe, que procurou atendimento médico no dia 6 de novembro com sintomas leves de síndrome gripal. Ela evoluiu para cura, sem necessidade de internação ou complicações.
De acordo com a vigilância em saúde do município, a variação identificada faz parte do processo natural de mutação do vírus Influenza A, que circula de forma sazonal no país. Não se trata de um novo subtipo, mas de uma modificação genética monitorada rotineiramente pelos sistemas de vigilância.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Campo Grande afirma que, até o momento, não há evidências de que a circulação dessa variação esteja associada a quadros mais graves do que os observados em outras gripes sazonais. Especialistas reforçam que a gravidade da infecção costuma estar relacionada a fatores individuais, como idade avançada, gravidez, doenças crônicas e comprometimento do sistema imunológico.
Prevenção e Preparação
Mesmo sem registro de agravamento no cenário epidemiológico, a rede municipal de saúde entrou em fase de preparação prevista no Plano de Contingência de Vírus Respiratórios. A medida busca garantir capacidade de diagnóstico, atendimento e manejo clínico, especialmente para pacientes considerados de maior risco.
A vacinação contra a influenza continua sendo apontada como a principal forma de prevenção. As doses seguem disponíveis nas unidades de atenção básica e em pontos de atendimento aos fins de semana, conforme cronograma divulgado pela Prefeitura.
Entre as orientações à população estão manter a vacinação em dia, evitar contato próximo com outras pessoas ao apresentar sintomas gripais, higienizar as mãos com frequência e procurar atendimento médico conforme a intensidade do quadro — unidades básicas em casos leves e serviços de urgência para sinais mais graves.
O monitoramento da circulação de vírus respiratórios segue ativo no município, com coleta e análise contínua de amostras para identificar eventuais mudanças no padrão das infecções.