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CAPITAL DO CORREDOR BIOCEÂNICO

Campo Grande mira protagonismo logístico com chegada da Rota Bioceânica

Campo Grande mira protagonismo logístico com chegada da Rota Bioceânica
Parlamentares da capital se articulam para garantir que a cidade esteja preparada para os impactos econômicos e estruturais da rota que ligará o Brasil ao Pacífico
Parlamentares da capital se articulam para garantir que a cidade esteja preparada para os impactos econômicos e estruturais da rota que ligará o Brasil ao Pacífico.

A implantação da Rota Bioceânica começa a movimentar o ambiente político e institucional em Campo Grande. A Câmara Municipal promoveu, nesta quinta-feira (15), a primeira reunião da Frente Parlamentar criada para acompanhar os desdobramentos do projeto. Eles visam articular ações conjuntas com os governos estadual e municipal.

O grupo parlamentar foi instituído para analisar os impactos da nova rota internacional que conectará o Brasil ao Chile por via terrestre. A rota passará por Paraguai e Argentina. A previsão é de que o Corredor reduza custos de exportação e aumente a competitividade da produção regional. Isso terá reflexos diretos na economia da capital sul-mato-grossense.

“É uma agenda estratégica para o presente e o futuro de Campo Grande. Precisamos entender quais oportunidades a rota nos trará e como podemos nos preparar para elas”, afirmou o vereador Epaminondas Neto (Papy), presidente da Câmara.

Capital como elo logístico

Durante o encontro, representantes da Prefeitura de Campo Grande e do Governo do Estado apresentaram projeções. Elas colocam a cidade como elo central entre os polos produtivos e o corredor internacional. A expectativa é de que Campo Grande atue como centro de articulação para setores como transporte, indústria, e comércio exterior.

“O corredor bioceânico é um vetor de desenvolvimento. Campo Grande está no coração dessa rota e pode se tornar referência em logística e integração sul-americana”, destacou Paulo César Fialho, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Além da redução de custos logísticos, o projeto deve gerar atração de investimentos. A instalação de novas empresas e aumento de circulação de cargas, turistas e serviços também são esperados.

Potencial para atrair indústrias e ampliar empregos

Para o vereador Ronilço Guerreiro, o impacto local deve ser traduzido em benefícios concretos. Isso inclui geração de empregos, crescimento da arrecadação municipal e diversificação da matriz econômica.

“Com a rota, novas empresas e indústrias terão interesse em se instalar aqui. Precisamos estar preparados para receber esses investimentos e aproveitar esse novo momento”, pontuou.

Planejamento como diferencial

Durante a reunião, o assessor logístico da Semadesc (Secretaria Estadual de Desenvolvimento), Lúcio Lagemann, defendeu a articulação entre diferentes esferas de governo. O objetivo é garantir que os efeitos da Rota sejam positivos e duradouros.

“A integração com países vizinhos, somada ao planejamento interno, pode transformar Mato Grosso do Sul em um hub logístico continental”, afirmou.

A Frente Parlamentar da Câmara Municipal planeja atuar de forma ativa na organização de fóruns, agendas públicas e articulações com entidades empresariais. Eles querem garantir que Campo Grande participe das decisões que moldarão o futuro da Rota Bioceânica.