
Parte da carga apreendida pela Polícia Civil no último sábado (9), avaliada em cerca de R$ 6 milhões, pertencia a uma empresa legítima de Mato Grosso do Sul e não tinha ligação com o contrabando.
A informação foi confirmada pela diretora-administrativa e financeira da FertiQuímica, Marcela Oliveira Rosa, que explicou que os produtos estavam sendo transportados por uma transportadora terceirizada e acabaram no mesmo caminhão onde foram encontrados cigarros eletrônicos e outros itens ilegais.
Segundo Marcela, a FertiQuímica atua há 18 anos no Estado, atendendo mais de 50 culturas agrícolas no Brasil e no exterior. Ela relatou que a contratação do transporte foi feita de forma regular, com documentação fiscal e checagem do motorista, mas que, no trajeto, ele teria incluído produtos ilícitos e alterado a rota.
“Infelizmente, no meio do caminho, o motorista resolveu colocar o que não deve junto. Passou por uma rota clandestina e a polícia pegou. O nosso produto não tem nenhuma relação com o contrabando, que era de cigarros eletrônicos”, disse.
A diretora contou que já enfrentou situações semelhantes em outras ocasiões, quando mercadorias da empresa foram apreendidas e só liberadas após procedimentos burocráticos. Desta vez, o material foi restituído mais rapidamente. “Pelos ruins, os bons acabam pagando a conta”, afirmou.
Marcela destacou ainda que a caixa com a marca da empresa, que apareceu em imagens divulgadas pela polícia, continha fertilizantes regularmente produzidos e comercializados pela indústria.
A apreensão feita pela Polícia Civil incluiu 46 fardos de cigarros eletrônicos, um fardo de baterias de câmeras e 21 fardos com produtos diversos, além do caminhão avaliado em cerca de R$ 700 mil. Todo o material ilegal foi encaminhado à Receita Federal.