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SEGURANÇA

CMO reforça vigilância em 150 km de fronteira

General Alcides destaca integração com forças estaduais, avanços tecnológicos e metas para ampliar o monitoramento em 2026

General Alcides, no estúdio da rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)
General Alcides, no estúdio da rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)

O Comando Militar do Oeste (CMO) encerra 2025 com operações integradas e investimento em tecnologia na faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul, segundo o general Alcides Valeriano de Faria Júnior, comandante da unidade. Em entrevista à Massa FM, ele afirmou que o ano foi marcado por ações conjuntas com a Polícia Militar, Polícia Civil, PRF, PF e DOF, combinando presença ostensiva e inteligência.

Segundo o general, a sinergia entre as instituições possibilitou apreensões milionárias de drogas e operações pontuais ao longo da extensa fronteira seca com o Paraguai. Ele destacou que boa parte do trabalho é discreto, dedicada à coleta e ao compartilhamento de dados entre órgãos de segurança.

O Exército atua dentro da faixa de fronteira — uma zona de 150 km para dentro do território nacional — com apoio do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que utiliza sensores e equipamentos de vigilância para detectar movimentações suspeitas. O general ressaltou, porém, que o efetivo disponível não cobre toda a região, exigindo operações estratégicas e coordenadas.

Ele também mencionou a visita recente de uma comitiva de Brasília à fronteira, em Ponta Porã, para mostrar as dificuldades operacionais em uma região onde um simples passo separa Brasil e Paraguai. De acordo com o CMO, mais de 80% da cocaína e maconha que entram no Brasil passam por Mato Grosso do Sul.

Reforço do Sisfron e Prioridades do CMO

O Congresso aprovou um recurso adicional para o Exército, e parte dele deve reforçar o Sisfron a partir de 2026. O valor, porém, ainda não foi confirmado. A prioridade, segundo Alcides, é acelerar a implantação do sistema em brigadas de Cuiabá e Corumbá, que apresentam atraso por falta de verba.

Entre as metas do próximo ano, o CMO pretende ampliar participação no Conselho de Segurança de Campo Grande (Consec) para intensificar o intercâmbio de inteligência. “Nossa prioridade é aprofundar o entrosamento e modernizar o monitoramento da fronteira”, afirmou.

Acompanhe a entrevista completa: