O Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande avocou a responsabilidade de autorizar ou não a implementação da proposta da prefeita Adriane Lopes de promover cortes na área da Saúde com o objetivo de reduzir o rombo financeiro nas contas da prefeitura.
A ideia da prefeita, seguindo orientação do secretário de Saúde Sandro Benitez, é promover a redução das escalas de plantões de médicos pediatras e da enfermagem, assim como do pessoal administrativo, nas UPAs e unidades de atendimento 24 horas.
A medida está sendo discutida sob o ângulo da possibilidade de “enxugar gastos” na Sesau e, de imediato, provocaria o fim dos atendimentos na área da pediatria em várias unidades, dentre as quais as dos bairros Nova Bahia, Moreninhas, Jardim Leblon e Tiradentes.
Na última quinta-feira (6), técnicos da Sesau foram sabatinados por integrantes do Conselho Municipal de Saúde, que não se convenceram quanto à viabilidade das medidas, já que estas reduzirão a oferta de serviços à população.
Esclarecimentos básicos, como o impacto financeiro dos cortes no orçamento da Sesau, dentre outros, não constavam dos “estudos” apresentados aos conselheiros.
Antes disso, a proposta foi tema de acalorados debates na Câmara Municipal, sendo tratado também em reunião na terça-feira passada no Sindicato dos Médicos, onde também foi duramente criticada.
“A prefeitura só vai implementar a proposta se houver a aprovação prévia do Conselho Municipal de Saúde.Como se tatá de reduzir serviços, é bastante improvável que seja aprovada”, avalia o vereador Victor Rocha, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
Confira na íntegra: