Cada vez mais presente como modelo de negócio, as cooperativas ganham espaço na economia mundial. Prova disso é que, somado, o faturamento das cooperativas no mundo equivale à nona maior economia global. Diante dessa relevância, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas.
Em Mato Grosso do Sul, para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo — comemorado no primeiro fim de semana de julho — será realizada uma programação especial. Entre os destaques está a moção de homenagem à Semana do Cooperativismo, na Assembleia Legislativa, marcada para quarta-feira (2), além do tradicional Torneio de Integração Cooperativista (Ticoop), nos dias 5 e 6 de julho, em Dourados.
O evento esportivo contará com mais de 2 mil participantes e 1.200 atletas. Segundo Renato Marcelino, coordenador de promoção social do Sistema OCB/MS, o Ticoop deste ano reunirá atletas de 17 cooperativas do estado que competirão em 20 modalidades.
“A gente espera realmente muita integração, muita energia e, acima de tudo, muita celebração do cooperativismo”, destacou.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 132 cooperativas em diferentes segmentos. Do total, 63 atuam no agronegócio. No entanto, o ramo com maior número de cooperados no estado é o de crédito, com quase 630 mil associados.
Para Celso Régis, presidente do Sistema OCB/MS, o sucesso das cooperativas se deve a três pilares fundamentais: necessidade humana, valorização do trabalho e gestão.
“A necessidade humana daquela atividade para prosperar o grupo no mundo dos negócios. Depois, a valorização do trabalho de cada um — lembrando que cooperativa é uma sociedade de pessoas, não de capital. Claro que precisa de recursos, mas eles são compartilhados. E, por fim, a gestão é feita pelas próprias pessoas da comunidade. O resultado desse modelo permanece na comunidade”, explicou.
Régis também destacou que o modelo cooperativista facilita a superação de desafios no mundo dos negócios:
“Quando você está junto, consegue vencer os obstáculos mais facilmente. Essa é uma das justificativas para a forte presença das cooperativas. Todos passamos por crises — seja climática, seja econômica — mas quem está cooperado enfrenta esses momentos com mais tranquilidade”, concluiu.