O turismo de eventos em Campo Grande vive um momento de reestruturação e aposta em novos caminhos para fortalecer o setor. A avaliação é do novo presidente da Associação Convention & Visitors Bureau da capital, Marcos de Morais, que concedeu entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande.
Segundo ele, o setor amadureceu após as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e hoje trabalha de forma mais unida, em busca de ampliar a capacidade de atendimento e aproveitar as transformações esperadas com o avanço do Corredor Bioceânico.
“Se a cela não estiver bem ajustada, a gente cai para trás, porque esse cavalo vai dar uma arrancada muito forte”, afirmou, ao se referir ao impacto que a nova rota de integração deve gerar na economia regional.
Preparação do setor
De acordo com Marcos, hotéis, agências de turismo, guias, empresas de transporte e espaços para eventos estão investindo em capacitação e melhorias. O objetivo é garantir condições adequadas para receber turistas e empresários em busca de negócios.
Ele ressaltou que o papel do Convention é organizar e articular os diferentes setores envolvidos.
“Nosso trabalho é colocar ordem no caos, alinhar o trade para que o turista tenha uma boa experiência e queira voltar”, explicou.
Importância das pessoas
O presidente também destacou que, apesar dos avanços tecnológicos e da necessidade de planejamento, o desenvolvimento só ocorre com envolvimento humano.
“Qualquer projeto só existe por causa de pessoas. Campo Grande está crescendo, mas sem perder o vínculo humano. Isso é um diferencial da nossa cidade”, disse.
Papel do Convention
O Convention & Visitors Bureau foi criado em 1896 em Detroit e chegou a Campo Grande em 1997, onde atua como articulador entre empresários, setor público e sociedade. Para Marcos, a entidade tem como função defender melhorias, reduzir burocracias e incentivar parcerias.
Ele destacou ainda o apoio de instituições como o Sebrae, que, segundo ele, têm sido fundamentais no processo de capacitação empresarial.
Responsabilidade coletiva
Ao projetar o futuro, Marcos defendeu que o fortalecimento do turismo de eventos depende não apenas dos empresários, mas de toda a população.
“O campo-grandense precisa estar orientado sobre o que a cidade oferece. Quando alguém pede uma informação na rua, é o morador quem vai responder. O turismo é responsabilidade de todos”, afirmou.
Para ele, Campo Grande tem potencial para se tornar referência, assim como cidades como Gramado, Campos do Jordão e Bonito, mas isso só será possível com engajamento coletivo.
Confira a entrevista na íntegra: