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COMBO DE IRREGULARIDAES

Decon prende comerciante que ignorava notificações da Vigilância há 5 anos

Comércio irregular funcionava às margens da BR-262, em Terenos

Produtos vencidos e clandestinos eram vendidos aos consumidores
Produtos vencidos e clandestinos eram vendidos aos consumidores - Fotos: Divulgação/PCMS


Um comerciante de 51 anos foi preso em flagrante neste sábado (6) por comercializar alimentos e produtos em desacordo com normas sanitárias e de consumo, em uma lanchonete às margens da BR-262, em Terenos (MS).

A prisão foi efetuada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), após denúncia enviada por e-mail à unidade.

Segundo a Polícia, o comerciante já era alvo de notificações da Vigilância Sanitária desde 2020, mas nunca se adequou às exigências legais.

Durante a fiscalização conjunta com o Procon-MS e a Vigilância Municipal, foram apreendidos 300 quilos de carne sem procedência, além de queijos e ovos sem origem, linguiças manipuladas sem inspeção, banha de porco acondicionada em garrafas PET e bebidas como vinho e cachaça falsificados.

Também foi constatado que os porcos abatidos e hortaliças utilizadas nos pratos do restaurante eram criados e cultivados no fundo da lanchonete, sem nenhum tipo de controle sanitário.

De acordo com laudo técnico emitido pela perícia e por médica veterinária, os produtos apresentavam risco à saúde pública, com possibilidade de transmissão de doenças como cisticercose e teníase, que podem levar à morte.

Além dos alimentos, os agentes apreenderam óculos de grau vendidos de forma irregular, sem receita ou acompanhamento profissional, o que representa violação à legislação sanitária e risco à saúde ocular dos consumidores.

O comerciante foi autuado por violar normas de defesa do consumidor e permanece à disposição da Justiça. Todos os produtos apreendidos foram entregues à Vigilância Sanitária para descarte conforme protocolo ambiental.

Orientações à População

A Polícia Civil reforça que a população deve ficar atenta à presença de selos de inspeção obrigatórios (SIM, SIE ou SIF) e ao registro no Ministério da Agricultura (Mapa) no caso de bebidas alcoólicas, além de verificar se o local conta com responsável técnico habilitado.