
O Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) decidiu rejeitar, por unanimidade, a proposta apresentada pela Prefeitura de Campo Grande e aprovou um indicativo de greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de sexta-feira (5), que definiu os próximos passos do movimento.
A categoria condicionou a paralisação ao cumprimento de uma decisão judicial que determina o reposicionamento dos profissionais no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Caso o município não execute as medidas até 9 de dezembro, o sindicato afirma que iniciará uma paralisação parcial entre 17 de dezembro de 2025 e 17 de janeiro de 2026.
Indicativo de Greve e Serviços Essenciais
O indicativo prevê a suspensão de até 70% dos atendimentos eletivos, mantendo 100% dos serviços de urgência e emergência e 30% dos serviços de atendimentos ambulatoriais agendados. Um comitê de greve foi criado para organizar a operação nas unidades de saúde e definir o número de profissionais atuando em cada local.
O presidente do Sioms, David Chadid, afirma que a rejeição foi unânime e que uma contraproposta será apresentada ao município. Segundo ele, o movimento não pretende prejudicar a população, mas pressionar pelo cumprimento das decisões judiciais.
“Quem procurar atendimento de urgência ou estiver com dor será atendido. A paralisação afeta apenas procedimentos que podem ser remarcados”, disse.
Condições de Trabalho e Valorização da Categoria
Chadid reforçou que o impasse envolve condições de trabalho e a valorização da categoria. “Queremos apenas que a Prefeitura cumpra o que a Justiça determinou. Isso influencia diretamente na qualidade do serviço”, afirmou.