Dois casos de gatos feridos por tiros de chumbinho levantaram preocupações sobre a violência contra animais domésticos e comunitários em Campo Grande.
Feinha, uma gatinha criada em casa, foi encontrada por sua tutora, Maria Walney, sem conseguir andar após cair do telhado. A gatinha foi encaminhada pela Superintendência do Bem-Estar Animal (Subea) para atendimento na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e foi diagnosticada com uma fratura lombossacral causada por um projétil de chumbinho que atingiu um nervo. Ela passará por cirurgia para tentar recuperar os movimentos.
O outro gatinho, João, é cuidado por moradores e foi atingido de forma superficial também por chumbinho e a equipe veterinária da Subea conseguiu retirar a munição sem maiores complicações.
A Subea alerta que maus-tratos contra animais configuram crime conforme a Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), com pena que pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa. As denúncias podem ser feitas pela Central 156, canal oficial da prefeitura para casos de abandono, violência e negligência com animais.
A equipe da superintendência afirma que casos como esses devem ser encaminhados diretamente para a polícia.
Armas de chumbinho
De acordo com a legislação brasileira, armas de pressão que funcionam com gás comprimido ou molas não são classificadas como armas de fogo, e, portanto, não exigem registro junto ao Exército ou à Polícia Federal.
A compra é permitida para maiores de 18 anos, com uso restrito a propriedades particulares ou clubes de tiro e o porte em vias públicas é proibido.