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Campo Grande

Empresa onde eram aplicados golpes de autofinanciamento é lacrada pela Polícia Civil

Conforme as investigações em andamento, foram identificadas mais de duzentas vítimas

Conforme as investigações em andamento, foram identificadas mais de duzentas vítimas - Foto: Divulgação/Polícia Civil
Conforme as investigações em andamento, foram identificadas mais de duzentas vítimas - Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil, através da Delegacia do Consumidor (DECON), lacrou e indiciou os proprietários da empresa LC RM e de outras denominações, que aplicavam o golpe do autofinanciamento na capital. Conforme as investigações em andamento, foram identificadas mais de duzentas vítimas.

O crime de estelionato consistia em induzir a vítima a adquirir um consórcio, como se fosse financiamento ou fazer com que ela efetuasse inúmeros pagamentos aos estelionatários, que se apropriavam do dinheiro, depois mudavam de endereço e o nome da empresa.

Em maio, durante fiscalização nas empresas CM INVEST e HE INVEST, localizadas na Rua Abrão Júlio Rahe, a DECON qualificou e intimou os proprietários e vendedores das empresas para instruir Boletins de Ocorrências que apuram o crime de estelionato.

Conforme relato das vítimas, elas eram atraídas por meio de anúncios em redes sociais oferecendo financiamento de veículos e imóveis. Após pagar um valor de entrada assinavam um contrato, que na verdade era de consórcio.

“Após a assinatura do contrato os vendedores ficavam “enrolando” a vítima, dizendo que estavam em contato com a “matriz” para agilizar a liberação do valor (que nunca era liberado). Quando a vítima solicitava o cancelamento e a devolução do valor pago, era informado que era preciso fazer uma solicitação por escrito e seria devolvido somente a metade do valor pago após alguns meses”, explicou a Polícia em nota.

Durante a fiscalização, foi constatado que a CM INVEST e HE INVEST ofereciam consórcio da empresa AGILI, que não possui autorizada do Banco Central do Brasil para comercializar consórcios. Ficou constatado ainda que os vendedores usavam nomes falsos para conversar com as vítimas.

As investigações apontaram que cada pessoa da empresa tinha uma função específica, entre fazer o anúncio, fechar a venda, realizar a assinatura do contrato e por sim, fazer o contato com a matriz, afim de dificultar que a vítima conseguisse localizar um responsável, forçando a desistência da restituição do valor já pago.

A Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (PROCON/MS) interditou as empresas por falta de alvarás e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) autuou um vendedor por exercício irregular da profissão.