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ECONOMIA RURAL

Festa do Queijo em Rochedinho poderá ter dois dias a partir de 2026

Crescimento da festa em Rochedinho reflete valorização de produtores locais e produtos artesanais

Festa atraiu cerca de 10 mil pessoas em um único dia
Festa atraiu cerca de 10 mil pessoas em um único dia - Foto: Divulgação/PMCG

Após registrar público estimado em 10 mil pessoas nesse final de semana, a tradicional Festa do Queijo, no distrito de Rochedinho, em Campo Grande, deverá ganhar um dia extra de programação a partir do próximo ano.

A proposta atende à crescente demanda do público e à consolidação da feira como espaço de fomento à produção artesanal de laticínios e alimentos regionais.

Nesta 8ª edição do evento, 22 produtores de queijo e cerca de 40 expositores comercializaram desde requeijões e queijos temperados até doces, salames e itens artesanais. O impacto direto nas vendas e na visibilidade dos negócios levou os organizadores a cogitar a ampliação para dois dias em 2026.

“Nosso objetivo é conquistar novos clientes. As pessoas conhecem o produto aqui e acabam se tornando consumidoras fiéis”, afirmou Daniel Caetano, da empresa Leite Caipira, que já trabalha para obter o selo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e expandir as vendas para outros estados.

A mesma estratégia foi usada pela Vovó Deka, com queijos artesanais produzidos desde 2022.

“Participamos todos os anos e trouxemos centenas de peças. É uma alegria ver nosso produto sendo reconhecido”, disse a veterinária Silmara Lopes.

O público também aprovou. “A gente vem todo ano. A festa só melhora”, resumiu Carlos Alberto, morador de Rochedinho. A boa aceitação reflete em dados concretos: aumento nas vendas, fidelização de clientes e visibilidade para negócios familiares que antes atuavam apenas como fornecedores.

Entre os estreantes, Josiane Souza Borges decidiu expor pela primeira vez os produtos produzidos há décadas pelos pais.

“A gente já fornecia para mercados, mas aqui temos contato direto com o consumidor”, disse.

A Festa do Queijo também é vitrine para projetos educacionais como o da Escola Municipal Agrícola Barão do Rio Branco. “Os alunos aprendem a fazer queijos, doces e levam esse conhecimento para casa. Vendemos o que é produzido e o retorno vai para a escola”, explicou o coordenador Regivaldo Ortega.

A estrutura do evento foi transferida da avenida principal para a rua da Praça, o que melhorou o trânsito e ofereceu mais conforto ao público. Com reforço na segurança e programação musical que incluiu Zé do Pantanal e Os Filhos de Campo Grande, a feira se consolidou como evento de lazer, cultura e desenvolvimento econômico.

A expectativa para a próxima edição é de ainda mais público e mais oportunidades para quem produz. “Vamos trabalhar para fazer a festa em dois dias. Os produtores estão preparados e o público tem respondido com entusiasmo”, afirmou um dos organizadores, o professor Francisley Galdino.