
A proximidade das festas de fim de ano deve elevar o movimento na Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), com expectativa de vendas igual ou superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a comercialização geral cresceu 25%, impulsionada principalmente pela maior procura por frutas típicas das ceias natalinas.
A estimativa é da Dimer (Divisão de Mercado e Abastecimento) da CEASA/MS, que observa aumento significativo na demanda por produtos como morango, uva e pêssego, além das frutas que lideram as vendas ao longo do ano, como banana, melancia e laranja, que também mantêm saída intensa em dezembro.

A uva aparece entre as frutas mais procuradas no fim do ano. Entre novembro e dezembro do ano passado, a CEASA/MS comercializou 771,3 toneladas do produto. Segundo o diretor de Abastecimento e Mercado da CEASA/MS, Fernando Begena, “Em média, observamos aumento entre 20% e 30% no volume comercializado em relação aos meses anteriores, dependendo da oferta, da qualidade e das condições climáticas nas regiões produtoras”
Os preços praticados no entreposto seguem estáveis e o acesso permanece aberto ao público em geral, fator que contribui para atrair consumidores em busca de economia neste período de maior consumo.
Preços e produtos em destaque
Entre os valores médios registrados estão pêssego e ameixa a R$ 70 a caixa de 6 quilos, morango a R$ 25 a embalagem de 1,5 quilo, uva Niágara a R$ 70 a caixa de 5 quilos, melão a R$ 65 a caixa de 13 quilos e abacaxi a R$ 6,50 a unidade.
Segundo Fernando Begena, o período costuma pressionar os preços em função da demanda aquecida. “Há uma tendência de elevação de preços motivada principalmente pelo aumento da procura. Em condições normais de oferta, os preços podem registrar acréscimo médio entre 10% e 25%, variando conforme safra, logística, custos de transporte e volume de entrada dos produtos”, afirma.
O período exige planejamento por parte dos empresários do entreposto, com atenção à regularidade da oferta, controle de preços, conservação dos produtos e gestão de mão de obra temporária. “O fim do ano combina maior volume de vendas com diversificação do consumo, impulsionada pelas ceias, confraternizações e altas temperaturas, o que exige reforço no abastecimento e organização logística”, explica Fernando Begena.
Mesmo com os desafios, a projeção segue positiva. “Considerando o histórico do mercado e o aumento típico do consumo, a expectativa é de desempenho igual ou superior ao do ano passado, especialmente para frutas associadas às celebrações de fim de ano”, conclui.