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INAUGURAÇÃO

Hospital de Dourados abre com cirurgias e promessa de custeio garantido

Unidade começa a operar no aniversário da cidade

Instituição trabalha com foco em reduzir filas no Cone Sul (Foto: Jhonatan Xavier/ Massa Dds)
Instituição trabalha com foco em reduzir filas no Cone Sul (Foto: Jhonatan Xavier/ Massa Dds)

O Hospital Regional de Dourados lançado oficialmente neste sábado (20), data em que o município completa 90 anos, já conta com cirurgias realizadas e garantia de recursos para manter a operação. A unidade nasce com 100 leitos e atende uma demanda represada de mais de 30 municípios do sul de Mato Grosso do Sul.

Durante a inauguração, o governador Eduardo Riedel afirmou que o custeio do hospital será bancado por um modelo tripartite, com recursos do Estado, dos municípios e do Ministério da Saúde.

“Pode ter certeza que não faltarão recursos para conduzir essa estratégia”, disse. Segundo ele, o apoio federal é decisivo para sustentar a operação em média e alta complexidade.

Riedel destacou que a unidade já entrou em funcionamento antes mesmo do ato oficial. “Eu só inauguraria esse hospital se ele estivesse funcionando. E ele está funcionando. Nesta semana foram praticamente 60 cirurgias, em várias especialidades”, afirmou. Para o governador, a entrega do hospital representa “um marco não só para Dourados, mas para toda a região do Cone Sul”.

Estrutura e Capacidade do Hospital Regional de Dourados

Localizado às margens da BR-463, o Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto abre com 59 leitos de internação, 20 de UTI — 10 adultos e 10 pediátricos — e 21 leitos de cuidados imediatos. A estrutura inclui quatro salas cirúrgicas e atendimento em áreas como ortopedia, cirurgia geral, ginecologia, urologia, vascular e aparelho digestivo.

A diretora-geral do hospital, Andreia Alcântara, afirmou que a unidade já inicia as atividades com capacidade elevada. “Temos condição técnica de realizar mais de 1.060 cirurgias eletivas por mês. Abrimos o hospital com todos os leitos em funcionamento”, disse. Segundo ela, o foco inicial será atender demandas do SUS, principalmente em ortopedia e cirurgia geral, áreas com filas históricas.

O hospital funcionará com acesso regulado. “Não é porta aberta. O paciente precisa passar por uma unidade de pronto atendimento e, a partir daí, ser regulado para cá”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa. A regulação será feita pela Central Estadual, em parceria com os municípios.

Financiamento e Expansão

Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, o governo federal já garantiu o financiamento para que o hospital opere em sua capacidade plena. “Um hospital desse porte custa mais de R$ 100 milhões por ano para funcionar. Nós vamos ser solidários a esse esforço”, afirmou. Ele comparou a estrutura a “uma Ferrari, que não pode andar com freio de mão puxado”, em referência à necessidade de custeio adequado.

Além do financiamento direto, o Ministério anunciou envio de equipamentos por meio dos programas Pronas e Pronon e apoio à abertura de residências médicas em áreas como cardiologia, ortopedia e anestesiologia. “Aqui será também um polo de formação de profissionais para toda a região da Grande Dourados, disse Sales.

Atendimento e Expansão Futura

A unidade atende 34 municípios do Cone Sul, beneficiando cerca de 900 mil pessoas. A expansão está prevista para 2026, quando o hospital deve chegar a 192 leitos, com a ativação da hemodinâmica e de uma quinta sala cirúrgica.

A primeira cirurgia foi realizada na segunda-feira (15), marcando o início efetivo da operação da nova estrutura hospitalar.