Recém-inaugurado em Campo Grande, o Vila da Melhor Idade Marilda Torres de Deus — primeiro condomínio de locação social para idosos do Brasil — deve receber seus 40 moradores até 1º de novembro.
A informação foi confirmada pelo diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques, em entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande.
Ele também anunciou que a entidade responsável pela administração do condomínio está em fase final de seleção e que a prefeitura planeja mais 80 unidades até 2028.
Administração e serviços integrados
Segundo Marques, o condomínio funciona em sistema de locação social — cada morador pagará aluguel simbólico de R$155, com água e luz individualizadas — e contará com assistente social, psicólogo, salas de atendimento em cada andar e programas de capacitação e geração de renda.
Uma entidade externa será contratada para gerenciar o dia a dia do condomínio. “Queremos valorizar esse grupo que é tão específico e precisa de um olhar diferenciado para trazer cuidado e autonomia”, afirmou.
Expansão e novos sorteios
A Emha prepara a expansão do modelo. “No Vila da Melhor Idade, nós já temos uma previsão de novas unidades até 2028. Além disso, estamos preparando o sorteio de mais de 200 apartamentos do Minha Casa Minha Vida faixa 1 ainda este ano para famílias de baixa renda e beneficiários do BPC ou Bolsa Família”, anunciou Marques.
Seleção rigorosa e mudança dos moradores
O processo de seleção recebeu mais de 1.200 inscrições; 900 idosos ficaram aptos ao sorteio, realizado em 29 de agosto. Os 40 titulares e suplentes agora aguardam as últimas aprovações técnicas para se mudar.
“Estamos na fase de receber o prédio, conferir questões técnicas e aprovar o funcionamento junto ao Corpo de Bombeiros para oferecer total segurança”, disse.
Revitalização do entorno
O Vila dos Idosos fica em frente ao Horto Florestal, que será revitalizado em parceria com a Fecomércio. A fachada ativa do prédio terá dez lojas para atender moradores e o entorno, ajudando a revitalizar a região central de Campo Grande.
“Não é um asilo. O idoso precisa ter independência funcional e financeira para viver ali”, destacou Cláudio Marques.
Confira a entrevista na íntegra: