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ALERTA

Mais de 3,4 mil acidentes com escorpiões já foram registrados em MS neste ano

Com o calor e a umidade, risco de acidentes cresce e preocupa autoridades de saúde

A incidência de casos de acidentes com escorpiões aumenta em períodos quentes e úmidos - Reprodução/SES
A incidência de casos de acidentes com escorpiões aumenta em períodos quentes e úmidos - Reprodução/SES

Com a chegada do período mais quente e úmido do ano, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) emitiu um alerta para o aumento da atividade de escorpiões no Estado. Até julho deste ano já foram notificados 3.436 acidentes causados por escorpiões em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), Campo Grande lidera o número de notificações, seguida por Três Lagoas e Dourados. Nos últimos cinco anos, o Estado tem registrado crescimento constante: em 2020 foram 2.952 ocorrências, enquanto em 2023 o total chegou a 5.303.

O biólogo Isaías Pinheiro explica que esse período marca a fase reprodutiva dos escorpiões, favorecida pela elevação da temperatura e da umidade, o que acende um alerta na população e órgçaos públicos. “Durante os meses frios, os casos costumam diminuir. Mas, com o fim do inverno e o início do calor, como agora em agosto, começamos a observar um aumento nos registros”, afirma.

Apesar de a maioria dos casos ser de baixa gravidade, a SES chama atenção para o público mais vulnerável: crianças menores de 10 anos representam 60% dos acidentes graves. “Infelizmente, já tivemos a perda de duas crianças recentemente, o que reforça a importância de mantermos a vigilância ativa e o apoio técnico aos municípios durante este período crítico”, alerta Karyston Adriel, coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental da SES.

Atualmente, o soro antiescorpiônico está disponível em hospitais de 67 municípios sul-mato-grossenses, incluindo unidades estratégicas como o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, além de cidades com alta incidência, como Três Lagoas, Corumbá e Dourados. O estado também mantém o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), que oferece orientação técnica à população e profissionais de saúde.

O monitoramento é feito por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e inclui outros animais peçonhentos, como cobras e abelhas, que também têm atividade intensificada nos meses quentes.

Prevenção

Entre as medidas recomendadas estão:

  • Manter camas afastadas das paredes;
  • Verificar roupas de cama, roupas e calçados antes de usar;
  • Fechar ralos, tampar pias e tanques;
  • Evitar acúmulo de entulhos;
  • Controlar a presença de baratas, alimento dos escorpiões.