A Polícia Civil de Naviraí investiga três pessoas suspeitas de repassar informações confidenciais sobre uma operação recente contra o crime organizado.
Entre os investigados estão uma estagiária da Vara Criminal, sua irmã advogada e seu irmão, já conhecido pelas autoridades por envolvimento com o tráfico de drogas e ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A apuração teve início após a análise de um celular apreendido durante a Operação Adsumus – Fase 2, realizada no dia 7 de outubro, que visava desmantelar ramificações da facção e reprimir o comércio ilegal de entorpecentes. No aparelho, os agentes localizaram mensagens trocadas em um grupo de simpatizantes do PCC, contendo detalhes sobre a data da operação e até sobre o uso de um helicóptero policial.
A partir dessas conversas, os investigadores conseguiram rastrear a origem do vazamento. Segundo o inquérito, a estagiária teria repassado as informações à irmã advogada, que comunicou o irmão. Ele, por sua vez, disseminou os dados em um grupo de mensagens, alertando outros integrantes da organização criminosa.
O vazamento comprometeu o êxito da operação, já que parte dos alvos conseguiu fugir e apagar provas antes da chegada das equipes. Apesar disso, quatro pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas durante a ação.
Argos Panoptes
Batizada de “Argos Panoptes”, a nova operação que apura o caso faz referência ao gigante de múltiplos olhos da mitologia grega, símbolo de vigilância ininterrupta. O nome reflete o trabalho atento e criterioso da Polícia Civil em garantir a segurança das investigações e evitar novas quebras de sigilo em futuras ações.