A colheita do milho está na reta final no Brasil e o mercado segue pressionado por compradores que tentam negociar a preços mais baixos. Do outro lado, produtores resistem a vender e preferem manter o grão estocado, o que sustenta as cotações no mercado físico.
Segundo o analista de mercado Ronaldo Fernandes, esse comportamento conhecido como “sentar em cima” gera um impasse.
“O produtor não quer mexer no estoque guardado, enquanto os compradores não cedem nas indicações, esperando que em algum momento o vendedor aceite os valores atuais”, explica.
Ele ressalta, no entanto, que esse cenário pode trazer riscos para a indústria. “Quem está tentando firmar preços para não deixar subir precisa considerar que o plantio de soja ainda não avançou em nível nacional. Quando esse processo ganha ritmo, as ofertas de milho praticamente somem”, destaca.
O analista lembra ainda que, neste ano, há mais milho estocado do que em temporadas anteriores. “O grão existe, mas não está chegando ao mercado”. Segundo Fernandes, a tendência é de que a oferta continue restrita até o avanço do plantio da soja. A expectativa é de que os volumes aumentem somente após a semeadura atingir cerca de 60% a 70%.
Confira a analise completa no Agro é Massa desta quinta-feira (18):