O governo dos Estados Unidos anunciou a exclusão da celulose brasileira ─ tanto pastas químicas de madeira conífera quanto não conífera ─ da lista de produtos sujeitos à alíquota de 10% e à sobretaxa de 40%. A medida representa um alívio de cerca de US$ 1,55 bilhão em exportações do Brasil para o mercado norte-americano.
Com a mudança, 25,1% das exportações brasileiras para os EUA, o equivalente a US$ 10,1 bilhões, estão agora livres das tarifas adicionais. Antes, a maior parte dos embarques era impactada pelos encargos extras aplicados pelos norte-americanos.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do total de US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, 34,9% ainda estão sujeitos a alíquotas de 10% e 40%. Outros 16,7% sofrem apenas a incidência da tarifa de 10%, enquanto 23,3% enfrentam tarifas específicas aplicadas a todos os países.
O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, afirmou que a retirada da celulose da lista de sobretaxas representa um avanço importante para o setor, mas destacou que ainda há espaço para ampliar a negociação. “Seguimos trabalhando para reduzir as tarifas e garantir melhores condições para os produtos brasileiros”, disse.
A decisão norte-americana é vista como estratégica para o setor de celulose, um dos principais itens da pauta exportadora brasileira, fortalecendo a competitividade do produto no mercado internacional.
Exportações de Mato Grosso do Sul
Entre janeiro e julho de 2025, as exportações de Mato Grosso do Sul totalizaram US$ 6,33 bilhões. Entre os produtos, a venda de celulose, soja e carne bovina fresca impulsionaram os números.
A celulose lidera o ranking como principal produto na pauta de exportações sul-mato-grossense, com crescimento de 53,3% em termo de valor e de 70,23% em termos de volume.