A exportação brasileira de milho em julho foi estimada em 4,14 milhões de toneladas, de acordo com novo relatório divulgado pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O volume representa uma redução de pouco mais de 400 mil toneladas em relação à previsão anterior, divulgada na semana passada.
O recuo acompanha o ritmo lento dos embarques observado no início do mês. Dados do setor apontam que, nas primeiras semanas de julho, o Brasil exportou cerca de 120 mil toneladas do grão, o que corresponde a uma queda superior a 80% na comparação com o mesmo período do ano passado. A menor disponibilidade de milho colhido e o atraso no início da colheita da segunda safra contribuíram para a retração.
Apesar da desaceleração inicial, a expectativa é que os embarques ganhem ritmo ao longo das próximas semanas, impulsionados pela necessidade de escoamento da produção em meio à colheita em andamento. A busca por novos mercados compradores também segue como estratégia, diante da retração das compras por parte da China neste ano.
A combinação entre safra volumosa, gargalos logísticos e pressão por armazenamento segue influenciando os preços e o comportamento do mercado. Ainda que a demanda internacional se mantenha firme, o cenário interno é de cautela, com perspectiva de estabilidade nas cotações ao menos no curto prazo.