Em tempos de tecnologia cada vez mais presente na rotina dos brasileiros, o perigo também está a um clique de distância. Fraudes e golpes digitais se multiplicam nas redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas financeiras, exigindo atenção redobrada da população.
Em entrevista à rádio Massa FM, o especialista em proteção de dados Carlos Rosa, do Sicredi Pantanal, fez um alerta direto: “Um em cada quatro brasileiros economicamente ativos já caiu em algum golpe. E o número só cresce.”
Segundo ele, a principal arma dos criminosos não é um sistema avançado de invasão, mas a boa e velha lábia — o que os especialistas chamam de “engenharia social”. “O bandido não precisa invadir um sistema. Ele convence a vítima a fazer o que ele quer, só na conversa”, resume.
Os golpes mais comuns envolvem supostas centrais de segurança ou falsos funcionários de instituições financeiras, que criam situações de pânico para induzir o usuário a fazer transferências via Pix ou fornecer dados pessoais.
Carlos destaca que o cenário mudou. Se antes os idosos eram as principais vítimas, hoje a faixa mais vulnerável vai dos 16 aos 29 anos. “Esse público é mais conectado, responde rápido às mensagens e interage o tempo todo com o mundo digital. Isso facilita a abordagem dos golpistas”, explica.
O especialista reforça que, apesar da sofisticação de alguns golpes, não é preciso ter curso técnico para se proteger:
“A melhor defesa é desconfiar. Recebeu uma mensagem pedindo dinheiro ou senha? Pare, respire, verifique. Instituições financeiras não fazem esse tipo de contato.” – especialista em proteçãod e dados, Carlos Rosa
O Sicredi tem apostado em tecnologia para blindar seus associados. Um dos recursos citados por Carlos é o token digital, que permite que apenas o celular autorizado pelo usuário possa movimentar a conta. “Mesmo que o golpista tenha a senha, ele não consegue fazer nada sem o celular cadastrado”, garante.
Durante a entrevista, Carlos ainda reforçou o papel da informação como aliada contra os golpes. “Se essa conversa evitar que uma pessoa caia num golpe, já valeu a pena. É importante falar com os pais, com os avós, com os amigos. Compartilhar esse tipo de orientação pode proteger muita gente.”
A recomendação final do especialista é simples: “No mundo digital de hoje, confiar cegamente em qualquer mensagem ou ligação é um risco. Esteja atento. Seu instinto de desconfiança pode ser sua maior proteção.”
Confira a entrevista completa na Tarde da Massa desta terça-feira (8):