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Índice de consumo das famílias cai em Campo Grande pelo quarto mês seguido

Pesquisa mostra recuo na intenção de compras, especialmente de itens duráveis, por causa de juros altos e aumento nos preços

Redução foi influenciada principalmente pela menor intenção de comprar bens duráveis - Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Redução foi influenciada principalmente pela menor intenção de comprar bens duráveis - Foto: Reprodução/ Agência Brasil

O consumo das famílias em Campo Grande teve nova queda pelo quarto mês consecutivo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou em 100,5 pontos em maio, pouco acima da linha que separa a avaliação positiva da negativa. No mês anterior, o índice estava em 101,5.

A redução foi influenciada principalmente pela menor intenção de comprar bens duráveis, como eletrodomésticos e móveis, com queda de 4,4%. Também houve piora na expectativa com relação ao trabalho (-2,5%) e na renda familiar (-1,3%).

De acordo com a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, a estabilidade nos índices de consumo em relação ao ano passado mostra que parte da população mantém o mesmo padrão de compras. Porém, o impacto de juros ainda elevados e o aumento no custo de itens básicos tem feito as famílias repensarem gastos, principalmente os de maior valor.

A pesquisa também aponta que 46,8% das famílias percebem que o acesso ao crédito está igual ao de 2023. Isso afeta diretamente as compras parceladas e compromete o planejamento de consumo.

O levantamento é feito mensalmente com cerca de 500 famílias da capital e avalia a percepção da população sobre emprego, renda, crédito e consumo no presente e nos próximos meses. O índice serve como um sinal antecipado do comportamento do consumidor.