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Projeto transforma resíduos industriais em acessórios sustentáveis no Bioparque Pantanal

Iniciativa reúne mulheres de Bataguassu e conta com apoio da MS Florestal, Bracell e Sebrae para gerar renda e valorizar a economia circular

Produções vão de bolsas a casacos - Foto: Duda Schindler
Produções vão de bolsas a casacos - Foto: Duda Schindler

Resíduos industriais ganharam novo significado na Exposição Costura Sustentável, em cartaz até o dia 7 de junho no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

O projeto, criado em Bataguassu em parceria com a MS Florestal e a Bracell, reaproveita materiais como uniformes usados, bags de fertilizantes e EPIs para produzir bolsas, estojos e acessórios de moda. De 10 a 15 de junho, a mostra segue para o Shopping Três Lagoas.

A iniciativa deu origem à Associação Ipê Rosa, formada por mulheres que encontraram na costura uma oportunidade de geração de renda e desenvolvimento pessoal. Apoiado pelo Sebrae/MS, o projeto envolve capacitação profissional e empreendedorismo com foco na sustentabilidade e na economia circular.

Ana Nely Castelo, uma das participantes, conta que entrou no projeto com conhecimentos básicos de costura, mas hoje atua como profissional. Segundo ela, o processo exigiu esforço e adaptação ao uso de materiais rígidos e difíceis de manusear, como o polipropileno industrial. “Foi preciso quebrar muitas máquinas até aprender a lidar com os resíduos”, afirma.

O gerente de relações institucionais da MS Florestal, Bruno Madaleno, explica que o projeto nasceu com base em três pilares: educação, empoderamento por meio da renda e bem-estar. “A Costura Sustentável representa o pilar do empoderamento. É um exemplo de como o reaproveitamento de materiais pode gerar impacto social e ambiental positivo”, destaca.

Além de fortalecer a inclusão produtiva, a exposição também marca o Dia Mundial do Meio Ambiente com uma proposta prática de transformação. Para o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, o projeto oferece visibilidade a produtos que antes seriam descartados. “É uma forma de mostrar que há valor naquilo que, muitas vezes, seria apenas lixo”, finaliza.