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ESTÁ LIBERADO!

Moraes autoriza retorno e retira tornozeleira de conselheiro do TCE‑MS

Conselheiro Iran Coelho das Neves volta ao cargo no TCE‑MS
Conselheiro Iran Coelho das Neves volta ao cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes ao TCE‑MS

Decisão do STF libera Iran Coelho das Neves, investigado na Operação Terceirização de Ouro, a reassumir o cargo e substitui a tornozeleira por restrições de viagem

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a volta do conselheiro Iran Coelho das Neves ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE‑MS).

A decisão, proferida no último domingo (17), suspende medidas cautelares impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Estavam em vigor desde dezembro de 2022. Entre as restrições agora revogadas estavam o afastamento das funções e o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, a proibição de acessar as dependências do tribunal foi revogada.

O conselheiro havia sido afastado no âmbito da Operação Terceirização de Ouro, um desdobramento da Operação Mineração de Ouro. A ação investiga suspeitas de fraude em contratos de tecnologia do TCE‑MS, firmados com a empresa Dataeasy Consultoria e Informática Ltda., e de irregularidades em licitações.

Apesar das investigações, Iran Coelho não foi condenado. Seu nome figura em uma denúncia ainda não julgada pelo STJ. A defesa sustenta que ele é inocente. Além disso, argumenta que o afastamento e a tornozeleira eram medidas excessivas.

Suspensão do Afastamento e Novas Restrições

Segundo o advogado Gustavo Mascarenhas, responsável pela defesa de Iran, a decisão reforça o direito de ampla defesa.

“A luta tem sido intensa; acreditamos na plena inocência do conselheiro, que agora retorna ao cargo e continuará se defendendo amplamente”, afirmou o jurista.

O advogado argumentou que a situação processual do cliente é idêntica à de outro conselheiro, Waldir Neves, que já havia sido liberado por Moraes para retomar o cargo.

Retorno ao Cargo e Tramitação da Investigação

Iran Coelho das Neves foi presidente do TCE‑MS e possui longa carreira na administração pública. Com a decisão de Moraes, ele reassume suas funções após quase três anos afastado. A investigação sobre supostas irregularidades em contratos continua em tramitação no STJ.

Dos três conselheiros afastados na mesma operação (Iran Coelho, Waldir Neves e Ronaldo Chadid), apenas Ronaldo Chadid permanece suspenso. Ele já virou réu por lavagem de dinheiro e teve o afastamento prorrogado por mais um ano. Waldir Neves retomou o cargo em maio deste ano, também por determinação de Moraes.