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MPMS fecha 2025 com resultados contra corrupção, crime organizado e crise na saúde

Balanço de 2025 reúne 4 mil ações judiciais, 19 operações do Gaeco e R$ 66 milhões em desvios investigados

Relatório reúne dados de ações, prisões, acordos e monitoramentos ambientais - Reprodução/MPMS
Relatório reúne dados de ações, prisões, acordos e monitoramentos ambientais - Reprodução/MPMS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) fechou 2025 com resultados expressivos na defesa da sociedade, somando mais de 4 mil ações ajuizadas, 30 mil denúncias apresentadas à Justiça e operações que resultaram em 107 prisões em ações contra o crime organizado e a corrupção no estado.

No combate à corrupção, o Grupo de Atuação Especial e Combate à Corrupção (Gaeco) atuou em investigações que identificaram desvios superiores a R$ 66 milhões, com cumprimento de 180 mandados de busca em 13 municípios. Já no enfrentamento ao crime organizado, o Gaeco coordenou 19 operações estratégicas ao longo do ano, com 370 mandados de busca e apreensão e 107 prisões, atingindo estruturas criminosas de alta complexidade.

A área de inteligência e tecnologia também teve papel central nos resultados. O Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) disponibilizou mais de 400 mil dados para subsidiar investigações, ampliando a capacidade analítica do MPMS e acelerando respostas em casos sensíveis.

Na segurança pública, uma força-tarefa contribuiu para agilizar o processamento de boletins de ocorrência de violência doméstica, com digitalização de peças e gravação de interrogatórios e depoimentos.

Na saúde e no campo social, o Centro de Autocomposição (Compor) mediou acordos que garantiram mais de R$ 15 milhões em benefícios, com destaque para a atuação direta na crise da Santa Casa de Campo Grande, que resultou em um plano emergencial para manutenção do atendimento.

A proteção às mulheres também avançou com o sistema Alerta Lilás, responsável por mais de 19 mil alertas automáticos para monitoramento de agressores reincidentes, após aprimoramentos institucionais motivados por casos de grande repercussão.

A agenda ambiental manteve foco no combate ao desmatamento ilegal, com monitoramento e fiscalização de 71 mil hectares por meio de programas como o Pantanal em Alerta. No impacto social, o MPMS arrecadou R$ 6 milhões com a campanha Declare Seu Carinho e destinou 350 celulares apreendidos para uso pedagógico em escolas públicas, ampliando o alcance social das ações institucionais.

O diálogo com a população também ganhou força em 2025. A Ouvidoria do MPMS processou mais de 5 mil manifestações, que subsidiaram novas investigações e orientaram a atuação em missões constitucionais.

Na abertura, o Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, ressaltou a centralidade da imprensa livre para o fortalecimento da democracia e para o funcionamento do Ministério Público, destacando que denúncias jornalísticas seguem como porta de entrada relevante para a atuação institucional em áreas sensíveis, como saúde pública e serviços essenciais.