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DIMINUINDO AS DIFICULDADES

MS amplia serviços de hemodiálise e reduz deslocamentos de pacientes

Paciente realiza hemodiálise em unidade hospitalar de Mato Grosso do Sul
Atendimento renal é ampliado em Mato Grosso do Sul, com menos deslocamentos para os pacientes: Foto: SES
Estado reforça rede de tratamento renal e leva atendimento para mais perto da população em quatro macrorregiões

Pacientes diagnosticados com Doença Renal Crônica (DRC) em Mato Grosso do Sul enfrentam um desafio a menos na busca por tratamento. O Estado está ampliando e descentralizando os serviços de hemodiálise, levando o atendimento para mais perto das comunidades nas quatro macrorregiões.

A medida busca reduzir a necessidade de deslocamentos longos e oferecer tratamento mais próximo e contínuo para quem depende da Terapia Renal Substitutiva (TRS).

Com a expansão, serão implantadas mais 98 máquinas de hemodiálise, além das 457 já em operação. A estratégia foi definida no Plano de Ação Regional, pactuado por meio da Resolução CIB nº 550/2024, que estabelece metas para o biênio 2025-2026.

🔧 Atendimento ampliado em várias regiões

A distribuição dos novos equipamentos e serviços segue critérios regionais e de demanda. As ampliações foram definidas para:

  • Aquidauana, Coxim, Costa Rica, Bataguassu, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas, onde serviços existentes ganharão mais capacidade;
  • Maracaju, Jardim e Nova Andradina, que passam a contar com unidades próprias de hemodiálise;
  • Em Campo Grande, uma nova clínica, a Davita Pantanal, foi habilitada;
  • Bataguassu também terá um novo turno de atendimento.

Com isso, o acesso ao tratamento deixa de ser concentrado em grandes centros, reduzindo custos indiretos e o desgaste de pacientes e famílias.

🔄 Menos viagens, mais acesso

A regionalização foi formalizada pela Resolução nº 69/SES, de 2023, que define a Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica. A norma determina que pacientes sejam encaminhados para unidades localizadas dentro de suas macrorregiões, o que elimina viagens longas para acessar o serviço.

Na prática, a mudança reduz filas, melhora o acompanhamento e garante atendimento mais rápido. A redistribuição dos atendimentos também permite maior previsibilidade para os pacientes, que deixam de depender exclusivamente dos centros maiores, como Campo Grande e Dourados.

💰 Governo cria incentivo financeiro para manter serviços

A expansão da rede vem acompanhada de um modelo de repasse financeiro aos municípios, criado para ajudar na manutenção dos serviços. O incentivo, definido na Resolução nº 322, inclui:

  • R$ 716,12 por mês para cada paciente que faz Diálise Peritoneal Automatizada (DPA);
  • R$ 45,00 por sessão de hemodiálise, com limite de até 14 sessões mensais por paciente.

Os dados que justificam os repasses são conferidos mensalmente pela Gerência de Atenção à Doença Renal Crônica (GADRC). A medida busca garantir transparência na destinação dos recursos e estabilidade na oferta dos serviços.

🔍 Modelo descentralizado muda realidade dos pacientes

O impacto da nova política é direto. Antes da regionalização, pacientes renais de cidades como Jardim, Maracaju ou Nova Andradina precisavam se deslocar até outras regiões para fazer o tratamento. Com as novas unidades, a hemodiálise passa a ser oferecida localmente, reduzindo custos, desgaste físico e emocional.

Além disso, o aumento no número de máquinas permite absorver parte da demanda reprimida e atender novos pacientes que aguardavam na fila do SUS.

As mudanças fazem parte de um esforço mais amplo para reorganizar o atendimento de alta complexidade em Mato Grosso do Sul. O modelo descentralizado também reforça a capacidade dos municípios de oferecer atendimento contínuo e humanizado, evitando deslocamentos desnecessários.

📊 Cenário da hemodiálise em MS

Atualmente, Mato Grosso do Sul possui:

  • 457 máquinas em funcionamento,
  • Mais 98 máquinas sendo incorporadas até 2026,
  • Novas unidades implantadas em três municípios e expansão em outros sete,
  • Incentivos financeiros garantidos para custeio dos serviços.

O objetivo é claro: oferecer tratamento mais próximo, com menos impacto na vida dos pacientes e das famílias.